Eram 33 minutos quando o Allianz Parque gritou “Gustavo Scarpa” pela última desde a primeira vez, em 2018. Quando o craque do hendeca deixou o gramado depois de empatar jogo complicado contra o América. Com três bolas na trave, e 15 chances até o gol da virada de Murilo.
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Scarpa que foi um parto para estrear. Foi outro longo tempo para se acertar. E, desde então, quase não errar mais assistência, escanteio, falta e cruzamento. E roubar bolas como se fosse zagueiro, como ele entupiu Cano que partia sozinho no empate com o Fluminense, no Rio.
“Scarpa”, em italiano, é sapato. No Palestra Italia é sandália da humildade. Tênis de skate. É zoar com os gringos. É ler tudo que vê. É leite condensado com Trakinas virar gourmet.
Será xerife em Nottingham. E muita saudade no Allianz. Leva a família pra Inglaterra e que seja feliz como você nos fez. Mas volte sempre. O lar é como o hendeca: nosso.
E faça lá o que não se esperava tanto aqui em cinco anos. E desde a sua estreia em casa. Lembra? Palmeiras 3 x 2 Red Bull Brasil. Você era o 10. Deles. Quase fez gol naquele amistoso que marcava a estreia do Dudu. O Baixola que na festa de erguer o caneco com o monstro Gómez em 2022 completou 400 jogos. O cara do chapéu e da virada de chave palmeirense em 2015. E no século.
Em 2015 o Scarpa deu o passe pro Lulinha, o Endrick corintiano, fazer um gol pelo RBB do Fabiano Eller. Campeão do mundo pelo Inter em 2006 quatro anos depois de cair com a gente…
O mundo dá voltas como você faz piruetas com o skate. E num desses giros você quase fez um gol na sua estreia no Allianz. Mas o Prass não deixou. O goleiraço que no final daquele 2015 também defendeu um pênalti seu, na semifinal da Copa do Brasil.
Quem diria que você, em janeiro de 2015, jogava no Red Bull com a 10 e em novembro seria protagonista do Flu com a 15?
Só parando no Prass. O ídolo que na final de 2015 defenderia um pênalti do Gustavo Henrique. O goleiro autor do primeiro gol de título campeão pelo Palmeiras. Com a chuteira preta direita que no mesmo dia da despedida de Scarpa 14 (como a data da nossa fundação) ele a doaria ao Palazzo Verde. Para ficar exposta no museu da paixão palmeirense como gratidão dele ao palestrino. Corneteiro que não imaginava que nem Prass e nem Scarpa seriam tão palmeirenses como são. Virando o jogo e a casaca como são vencedores.
Dá um salad grind lá na Europa. E faz mais um impossible pra gente explicar pra quem não é.
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