Mauro Beting: ‘Show dos amigos – Palmeiras 3 x 0 Corinthians’

Se o Palmeiras não mandou o dérbi na sua casa, fez de Barueri a casa para um treino-jogo

Tinha show no Allianz. Teve também em Barueri. E pode ter muito mais na temporada.

O Palmeiras era quase o mesmo que havia empatado contra 70.000 rubro-negros no Maracanã contra o Flamengo. Só mudou Scarpa para a ótima entrada de Veron aberto pela esquerda. O Corinthians era diferente daquele time reserva que jogou muito mal em Londrina contra a Portuguesa carioca. Mas foi ainda pior em Barueri. Se o Palmeiras não mandou o dérbi na sua casa, fez de Barueri a casa para um treino-jogo. Teve nove oportunidades e fez três gols. Poderia ter feito muito mais. Contra o Corinthians que teve uma chance só aos 34 do primeiro tempo, em um cruzamento perigoso de Róger Guedes que o imenso Gómez afastou como sempre.

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Grande vitória do Palmeiras. Mais uma Péssima derrota do Corinthians. Mais uma em clássico.

Nem São Jorge no seu dia pra dar força aos guerreiros corintianos. A equipe que foi poupada corretamente no meio de semana, e foi mesclada corretamente pra deixar o time mais pronto para o jogo duro contra o também instável Boca Juniors na terça-feira em Itaquera, foi ruim do começo ao fim. Fato que levou dois gols de replay ao vivo. Em jogadas idênticas. E aí não pode Vitor Pereira reclamar das ausências. Quem deveria estar nas bolas é um ótimo zagueiro como João Victor, que em 2022 não está jogando o muito que jogou no ano passado. Chegou tarde para cabeçada a Gómez, aos 13, e chegaria tarde na cabeçada de Roni, aos 18, em dois escanteios muito bem batidos pro Raphael Veiga.

O corintiano pode reclamar se a bola realmente saiu no lance do primeiro escanteio. Do mesmo modo que o palmeirense pode discutir se no lance não foi empurrado Roni antes de a bola “sair”. O corintiano pode reclamar também da falta que Dudu cavou, Veiga bateu muito bem, o goleiro Donelli espalmou, e, na sequência no escanteio, Roni fez dois a zero.

Fora isso, o torcedor corintiano pode apenas celebrar que não foi ainda pior do que atuação deplorável o placar final.

O Palmeiras do “retranqueiro” Abel Ferreira venceu mais uma vez muito bonito o Corinthians do ofensivo Vitor Pereira. Sim: Abel, na dúvida, é mais precavido, mais reativo, menos ofensivo, menos ousado do que o seu compatriota. Mas o excepcional trabalho de um ano e meio continua dando frutos, enquanto o trabalho ainda começando de VP segue com resultados horríveis em clássicos, e poucas atuações boas. Algumas que são incensadas de maneira irresponsável pelos de sempre. Tão perigosos quanto os que incineram maus resultados e desempenhos.

Terça-feira é outra história. E precisa mesmo ser. E tem como ser, até porque a fase do Boca também não é legal. Mas o Corinthians segue devendo futebol, jogadores de muita história seguem com a sua trajetória espetacular no Corinthians. Mas só ela é pouco pra esse momento em que os jovens também não têm dado resposta.

Ou não são tão letais quanto o Palmeiras dos jogos grandes tem sido ainda maior.

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