Opinião

Não somos uma torcida de imbecis

(Foto: Divulgação/Ag. Palmeiras)
(Foto: Divulgação/Ag. Palmeiras)

Campeão paulista jogando mal. Campeão da Libertadores em cima de rival – título que era o sonho de todos, principalmente daqueles que, como eu, não estavam vivos em 99 para presenciar aquela noite. Tetra da Copa do Brasil anulando o Grêmio com fama de copeiro do Renato. Títulos e títulos. Melhor do Brasil. Torcida nas nuvens e jogadores valorizados. 

Bastou uma sequência ruim para se esquecer de tudo. Ao menos para alguns. Três imbecis picharam o Allianz Parque. Como um poeta inexistente, não pensam. Evitam e, com isso, nasce a maior burrice do ser humano, causada pela falta de vontade de ser racional. Burros, criminosos, idiotas. 

Mas, como anteriormente referido, são imbecis. Não torcedores. Não somos uma torcida de seres irracionais e incapazes de realizar um raciocínio lógico e simples. De, com isso, respeitar aqueles que trabalham todos os dias em prol do clube que é o motivo de nossas alegrias e mazelas. Fazer o mínimo esperado de um cidadão. Ao menos espero que não. 

Tenho motivos para discordar dessa minha crença. Vazamento do número do Luan, ameaças à família do Bruno Henrique, entre tantos outros ‘incidentes’ nada acidentais. Mas, eu que de otimista não tenho nada, tento me manter positivo. 

A torcida de verdade fez-se presente. Todos #FechadosComAbel. A internet brasileira aprendeu isso. A imprensa mundial teve conhecimento. Nada além do básico, mas que significa tudo. Um oceano de sanidade numa poça de loucura e barbárie. 

Críticas são necessárias, mas tudo tem limite. 

Reclamar que não contratou ainda? Perfeito! Cobrar uma postura mais firme contra o calendário desumano da CBF e FPF? É o básico. Ameaçar, pichar, bater ou vazar telefone não! Nunca! Jamais! Nem fudendo! Nem quando o time caiu pra B, muito menos quando o time acabou de pintar a América de verde pela segunda vez e o Brasil pela décima quinta (!). 

Pessoas se acham mais torcedoras que outras nessas horas. São menos. Torcedoras e humanas. De que adianta meu time ganhar se eu sou uma pessoa ruim? Como colocam a cabeça no travesseiro e pensam que tá tudo bem? Que fizeram o certo? Em que mundo isso é o certo? No nosso não é. Não pode ser. 

Nós não podemos abaixar a cabeça e deixar poucos burros mancharem a imagem do clube e da torcida. Gente ruim tem em todo canto. Temos que mostrar que são minoria. A exceção mal vinda e que será expulsa, cedo ou tarde. Um câncer que, se tudo der certo, será retirado. 

Não somos uma torcida de imbecis.