O mito das paredes

As paredes de um clube de futebol são galerias de genialidade. Elas separam um espaço físico para as memórias mais bonitas que uma instituição e seus adeptos podem ter. Elas condensam e abrigam momentos eternizados na imaterialidade de cada um. As paredes são o ponto final do caminho.

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Ter sua fotos pelos muros de um estádio ou de um CT é a promoção emocional para quem faz futebol. Se chegou até lá, a missão foi bem cumprida. De algum modo, o coração do torcedor tem um lugarzinho para esse nome. E depois de chegar, a glória é companheira pro resto da vida. Glória eterna, ora bolas. É disso que tanto falamos.

Meninos, experientes e quem transita pelas fases, todos têm a dimensão da magia que aquele lugar tem. A casa dos ídolos, a saga dos alçados ao posto de intocáveis. Aqueles que entregaram sua vida às cores e receberam em troca o infinito. Amor sem fim, respeito sem fim, carinho sem fim. Chamamos, então, de ídolo.

A camisa 12 prometida pelo santificado ao novo anjo da guarda, a eternidade aos que mal começaram. Da favela à mesa da corte real Verde e Branca. Os que brincam de futebol enquanto milhões se desesperam ao redor do mundo. Eles todos podem ter o ticket sagrado das paredes.

A fé conduz o povo a lutar. O povo, agora, luta em oração, sofre em pensamento, mas envia a melhor energia que tem. A explosão fica contida pelos muros das casas, mas as paredes não são capazes de controlar tamanho alvoroço pela glória. Sigam, continuem. Não temam nada, não respeitem o medo. Vocês estão quase lá.

As paredes do Allianz Parque estão prontas para vocês. Faltam 2.

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