Opinião

Opinião: 'Endrick com bola, Palmeiras com futebol'

Garoto de 17 anos chama responsabilidade e mostra que tem talento para levar Verdão aos lugares altos do Brasileirão

Endrick pede bola e chama responsabilidade para Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Endrick pede bola e chama responsabilidade para Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

O Palmeiras venceu o Botafogo por 4 a 3 pelo Brasileirão em uma virada histórica no Nilton Santos. Uma virada que passou pelas mentes dos jogadores comandados por Abel Ferreira, mas principalmente pelos pés de Endrick, sinônimo de talento e personalidade.

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Em semana de “dia das bruxas”, ela estava à solta no primeiro tempo. O esquema de três zagueiros não funcionou contra um equipe que se movimentava muito rápido pelas laterais. O meio-campo cedia muitos contra-ataques e espaços para os adversários, os jogadores pareciam perdidos, desconcentrados. Tudo estava dando errado.

3 a 0 parecia lucro para um time que não entregou nada em campo. Porém, havia um fator surpresa após o intervalo que não estava se escondendo tanto assim: Endrick. O garoto literalmente pegou a bola com as mãos e resolveu o que tinha que ser resolvido.

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Jogadores do Palmeiras comemoram virada contra Botafogo no Nilton Santos

Após conversas no vestiário, o esquema da linha defensiva se desfez, ao longo, Rony entrou no lugar de Ríos para fazer o ataque ser mais aberto pelas pontas, Veiga voltou para o meio-campo para marcar e armar jogadas, e tudo parecia estar estar voltando ao normal apenas com conversas e talentos.

O maior talento dentre eles no Palmeiras? Endrick Felipe Moreira de Sousa. “Dá a bola em mim”, disse ele, em uma espécie de guia. Fez dois gols, deu assistência, pegou a bola embaixo do braço e jogou como se ela estivesse ali bem cuidada, em seu colo.

Apenas 17 anos e um futebol de gente grande. Um garoto que é especializado em queimar etapas, queimou mais uma. Queimou a etapa de “aceitar ordens”, foi um líder. Foi o homem do jogo e é o caminho do Palmeiras na temporada.

Tem pouco tempo de equipe alviverde, mas muito tempo para se consagrar como o grande ídolo que caminha para ser. Passos largos. Neste pouco ou muito, basta jogar a bola nele. Dá a bola pra ele, Palmeiras. Deixa o menino brincar e brilhar. Endrick com a bola, time com futebol.

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