Opinião: ‘Gabigol seria a maior contratação da história do Palmeiras?’

Seria tirar um dos maiores ídolos da história de um 'rival' esportivo em seu auge financeiro; atacante tem apenas 27 anos

Uma vez que esta coluna não tem a pretensão de ser o paladino da verdade, a ideia é justamente levantar o debate: caso Gabigol venha mesmo para o Palmeiras, seria a maior contratação da história do clube? Comecem a briga nos comentários.

Confesso que não consigo pensar em outro nome maior em contextos parecidos. O Palmeiras nunca trouxe do exterior craques consagrados a nível mundial (Romário, Ronaldo, Suárez…). Seria tirar o maior ídolo atual do grande rival esportivo do momento, um top 3 da história do Flamengo, que vive sua melhor fase financeira em todos os tempos. Sem atrelar o resultado à contratação, estamos falando meramente de lotar aeroporto pare receber o reforço e vender camisa. É difícil encontrar paralelos.

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Pessoalmente, vejo muito mais argumentos favoráveis do que contrários para a vinda. Claro que a fase do atacante não é boa há pelo menos um ano e meio. Se fosse, o movimento jamais seria sequer cogitado. Há quem diga que ele está ‘acabado’, amargando a reserva no Flamengo sem a velocidade e o foco de outros tempos. Pois embora esteja em evidência nos últimos dez anos, Gabriel tem apenas 27 anos e jamais sofreu uma lesão mais grave. Tem lenha de sobra para queimar e se recuperar do mau momento que vive.

A principal preocupação seria o justificável medo de ‘rachar o vestiário’ e uma possível desaprovação do treinador. Uma vez que a apuração dá conta que o nome já foi aprovado pela comissão técnica, me dou por satisfeito para tratar a questão como resolvida. Se Abel acredita que o atacante se encaixará na filosofia e no estilo de jogo do time, não sou eu que vou duvidar. Sobre a possível suspensão por doping, no pior dos cenários, ele ficaria fora apenas até abril de 2025.

Os que se colocam contra a possível contratação por causa do estilo provocador do jogador normalmente são os mesmos hipócritas que volta e meia esbravejam nas redes sociais sobre como o futebol está chato e ‘não se fazem mais atacantes como antigamente’. Viola jogou no Palmeiras, Edmundo jogou no Corinthians, Evair jogou no São Paulo, entre inúmeros outros exemplos e o mundo não acabou por isso.

Quanto tempo faz que o Palestra não tem um atacante que faça 20 gols em seu ano ‘ruim’? Os últimos que conseguiram a marca tiveram que suar sangue. Com a quantidade de bolas desperdiçadas sendo oferecidas na cara do gol, não demoraria nada para Gabigol cair nas graças da torcida do Palmeiras. Um camisa 9 matador, decisivo, oportunista, malandro, batedor de pênalti, provocador e midiático. Nossa senhora.

Longe de me iludir, começo a planejar os treinos de bíceps para o caso de imitar a comemoração no Allianz Parque.