Opinião: ‘Psicológico e lucidez de Abel devem decidir campeonato do Palmeiras’

Derrota para Flamengo não acaba com chances de título brasileiro para Verdão de treinador português

A derrota do Palmeiras para o Flamengo por 3 a 0 pelo Brasileirão incomodou pela postura apresentada no Maracanã. Os jogadores pareciam perdidos, fora de sintonia, em uma altura de um campeonato que não abre margem para erros desse tipo. Além dos ajustes técnicos, o psicológico e a lucidez de Abel Ferreira devem decidir os rumos finais da temporada.

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O desempenho da equipe alviverde na partida foi abaixo da crítica. O Palmeiras estava completamente “na roda” do adversário e a pouca entrega jogava toda a responsabilidade em cima do talento estratosférico de Endrick que, dessa vez, sozinho, não conseguiu ajudar – e nem tinha a obrigação.

O esquema de três zagueiros perdeu para uma dupla defensiva forte, um erro cometido por Breno Lopes na finalização do jogo até determinada altura perdeu para um legítimo centroavante, o jogo de Veiga agora faz parte da lista dos esquecíveis, Rony justificou o banco de reservas e o segundo semestre de Gustavo Gómez entregou a derrota sofrida pela própria mente do capitão.

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Nada deu certo para o Palmeiras na partida disputada no Rio de Janeiro, mas o resultado fazia parte do escopo. O cálculo permitia. Ao lado dos números, o humano. A tranquilidade de um psicológico forte de Abel Ferreira acalmou os ânimos externos e serviu como uma espécie de terapia necessária.

Na entrevista coletiva, o treinador não “passou a mão na cabeça” de nenhum dos seus atletas, mas defendeu a competitividade do Brasileirão e a capacidade do grupo em, quem sabe, terminar essa briga longe da lona. Foi lúcido, calmo, usou o bom humor para blindar crises que agora mais atrapalhariam que ajudariam.

A derrota não mina as chances de título. Ainda que esteja complicado, a lucidez, o psicológico, o entendimento de que isso não pode “matar” de vez aquele que em inúmeras oportunidades ressuscitou, mantém o Palmeiras vivo. Restam cinco finais, basta que lidem com elas dessa maneira. Sem desculpas, sem postura derrotista.

Nada está perdido, principalmente quando se trata desta equipe. É preciso que a experiência volte a parecer e segure nas mãos dos talentos da juventude para que o caminho percorrido tenha um destino feliz.