O Palmeiras venceu o Liverpool-URU por 3 a 1, pela segunda rodada da Libertadores, em partida disputada no Allianz Parque. O meia Luis Guilherme ganhou nova chance como titular e, fora de posição, foi substituído no intervalo para dar lugar a Rony, após partida discreta.
O jogo é um contraponto daquilo que Luis Guilherme apresentou nos últimos jogos, quando foi destaque. Atuando aberto pela direita e não mais como meia centralizado, o camisa 31 teve 29 ações com bola contra o Liverpool em 45 minutos em campo, mas compeltou apenas nove passes e não deu nenhuma finalização – em contrapartida, deu dois dribles. Mais uma vez, o baixo desempenho é culpa da insistencia em improvissar o meia como ponta.
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Luis havia mostrado bons momentos na partida diante do San Lorenzo, também pela Libertadores, há uma semana. No entanto, há um fator que explica o bom desempenho no último jogo da competição continental em relação ao apresentado nesta quinta-feira (11): Na estreia da competição continental, o jovem de 18 anos atuou centralizado e, consequentemente, deixou a ponta direita do ataque palestrino – função que vêm atuando com Abel Ferreira.
Em Buenos Aires, em 30 minutos dentro de campo, foram 19 ações com bola e foi participativo ao completar 13 passes, além de uma bola longa e três duelos ganhos. O jogador ajudou a articular a defesa com o ataque e deu consistência ao time.
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O canhoto é um camisa 10 dos clássicos e vem sendo utilizado de maneira equivocada por Abel Ferreira como ponta-direita da equipe durante 2024. É fato que versatilidade em campo é um ponto primordial das categorias de base do Palmeiras e o jovem já atuou nesta função nas categorias de base, mas é crucial analisar onde ele desempenha seu melhor futebol. Ao longo de sua carreira no Sub-17 e Sub-20, Luis Guilherme brilhou como meio-campista central, e se destacou pela visão de jogo, capacidade de distribuir passes e chute de média e longa distância.
No entanto, sob o comando de Abel Ferreira, tem sido quase exclusividade ver o jovem atuando como ponta, uma posição na qual a influência do seu jogo parece diminuída. O Palmeiras deveria pensar em Luis como o reserva natural de Raphael Veiga, desempenhando esse papel de ‘maestro’. Nessa posição, o camisa 31 tem espaço para exercer sua criatividade e habilidade técnica, contribuindo de maneira mais efetiva para o funcionamento ofensivo.
Quando desloca o jovem para a ponta-direita, Abel Ferreira parece não aproveitar ao máximo o potencial do jovem. Suas características naturais se encaixam melhor na função de meio-campista central, onde pode ditar o ritmo do jogo e criar oportunidades para os companheiros.
Jogar como ponta não faz parte da formação original de Luis Guilherme. Ele é um jogador que se destacou e conquistou seu espaço como meio-campista central. Nas vezes em que atuou como ponta nas categorias de base, realizou de maneira pontual, com o encaixe apropriado para algum contexto especÍfico – na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2022, Luis entrou como ponta-esquerda em duas oportunidades com Jhon Jhon centralizado, por exemplo. Respeitar sua história e sua formação nas categorias de base é fundamental para extrair o melhor dele como jogador.