O Palmeiras é de todos, não é?
O slogan do time é assim nas campanhas publicitárias que ignoram a triste realidade do clube. Que, por natureza, mascaram os problemas e vendem uma imagem irreal que, atualmente, não faz jus à história de inclusão palestrina.
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Afinal, o Palmeiras não é de todos. Pelo menos não atualmente, né?
Como faz para comprar um ingresso que custa 20% do salário mínimo? Se compra, veste o que? A camisa que custa 30%? É difícil. Promessas em vão que foram feitas para ganhar votos e apoio, mas que só geraram um controle quase absoluto sobre uma instituição que era para ser de todos.
Mas e se eu discordo disso tudo? Como torcedor, o questionamento até existe. Dentro do clube, o direito é cerceado por represálias e retaliações aos que vão contra. Regalias e mensagens claras àqueles que estão do lado considerado certo.
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Em campo, não há muito o que comentar. Até porque é o Palmeiras mais de todos que já vimos. Técnico gringo, elenco diverso e que, no geral, honram a camisa como nós queremos e pedimos.
Fora dele, é cada vez mais difícil. O Palmeiras vira um reflexo da sociedade deprimente que o rodeia. Se concentra na mão de poucos – ou pouca – e esquece quem realmente importa.
O Palmeiras, que outrora era visto como uma entidade sem fins lucrativos, hoje tem dona. E pouco se pode fazer para evitar um estrago que era anunciado, mas que foi comprado com bilhões que ela tem e nós não.
É esperar acabar. E torcer para o trabalho anterior – que, apesar de críticas, foi positivo dentro e fora de campo – prosperar no futebol.
Afinal, dependesse do que veio a partir de 2022, nem vale imaginar o que seria de nós.