Opinião: ‘Palmeiras tem janela de transferência para aprender com passado’
Diretoria deixou a desejar nos dois períodos de contratações de 2023. Desafios para o próximo ano são grandes e dificuldade deve ser levada como exemplo para quem comanda futebol do clube
O Palmeiras terminou a temporada com o bicampeonato brasileiro e os méritos são da comissão técnica e do elenco que são obstinados por títulos. Mesmo no ano em que faltou a parceria da diretoria nas contratações, Abel Ferreira colocou mais três taças na robusta galeria palmeirense.
O sucesso no campo não pode servir de parâmetro para o planejamento de 2024. Abel contou com apenas dois reforços e recorreu aos garotos da base em diversos momentos da temporada. As duas últimas janelas de transferências mostraram que é preciso se precaver ao invés de remediar.
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Endrick conhece centro de treinamento do Real Madrid
Danilo é o melhor exemplo disso. Um dos principais atletas do ano passado, tinha mercado na Europa e a transferência em janeiro se tornou inevitável. O clube sabia da necessidade em repor uma das principais peças do time, mas o substituto chegou com um ano de atraso, mesmo que o esforço seja para mostrar que Aníbal foi contratado antes do final da temporada de 2023.
O Palmeiras terá uma saída com prazo definido, mais precisamente em julho. Endrick visitou neste sábado (16) o centro de treinamento do Real Madrid, futuro clube dele. O camisa 9 é tão importante para Abel Ferreira como era Danilo e um novo atacante precisa chegar. A tarefa em substituir o jovem não é nada fácil, porém é importante a diretoria mostrar força que ainda não teve quando o tema é contratação.
É entendível colocar a chegada de Caio Alexandre em segundo plano para contratar Cauly. O que não dá para entender é ele seguir como primeira opção mesmo com os valores fora da realidade que Grupo City deseja. Não dá para pagar e, muito menos, não ter outro atleta no radar. É mais uma lição do passado.
A diretoria precisa se antecipar ao mercado e não ficar dependente dele. É inviável delegar a todo momento para empresários negociarem idas e vindas. Anderson Barros é quem tem o dever negociar frente a frente e só ele pode apresentar o “Projeto Palmeiras”, convenhamos uma tarefa nem tão complicada assim quando se trata do clube mais vitorioso do país.
A versão de 2024 do Palmeiras precisa contar com reforços que não vieram em 2023. É o mínimo que a direção de futebol pode fazer para Abel Ferreira, o maior treinador da história do clube.