Opinião: ‘Palmeiras não pode esperar Endrick ir embora para buscar reposição’

Data de saída do protagonista da equipe é conhecida desde 2022

O Palmeiras sabe desde dezembro de 2022 quando Endrick deixará o clube para vestir a camisa do Real Madrid: 21 de julho de 2024, justamente quando o camisa 9 completará 18 anos de idade. Na época da venda, ele ainda não tinha um papel fundamental na equipe de Abel Ferreira, mas o cenário mudou drasticamente no ano seguinte.

Ainda que subutilizado principalmente na Libertadores, o atacante de 17 anos foi a grande estrela do segundo semestre do futebol brasileiro na última temporada, sendo o principal protagonista do inesperado 12º título brasileiro do Verdão, marcando gols decisivos ao longo de toda reta final do campeonato.

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Desde então, os torcedores e o treinador se mostram apreensivos. Todos sabem que Endrick vai embora em julho, mas a direção vê o tempo passar e não antecipa a reposição. Embora o cenário esteja longe de ser uma novidade na gestão Leila Pereira e Anderson Barros, as demais lacunas do elenco foram preenchidas.

Pode ter sido com um ano de atraso, mas o Palmeiras achou um bom primeiro volante em Aníbal Moreno. Abel queria um ponta e recebeu Bruno Rodrigues, que se lesionou rapidamente, mas Lázaro logo chegou para repor. Faltava também um meia para ser o reserva direto de Raphael Veiga. Rômulo, destaque do Novorizontino e carrasco dos rivais no Paulistão, foi anunciado. Resta ‘apenas’ a vaga para suceder o camisa 9.

Nomes como Diego Costa, atualmente no Grêmio, e Willian José, do Real Betis, foram especulados, mas sem qualquer convicção. Certamente a boa fase de Flaco López será usada como escudo para justificar a incompetência no mercado, mas fica evidente a diferença no estilo de jogo do argentino em relação a Endrick. Inclusive, a melhor versão do Alviverde em 2024 conta com os dois juntos em campo.

A esperança é que a direção do clube não esteja negligenciando a importância do camisa 9. A atuação diante do São Paulo na Supercopa enquanto ele estava com a Seleção Brasileira no Pré-Olímpico deixou claro que o ataque da equipe sofre muito sem seu principal jogador.

Dinheiro não pode ser o problema para a falta de reposição. Além da bolada que já recebeu e ainda receberá pela negociação do próprio Endrick, o Palmeiras bateu a meta orçamentária em vendas para a temporada com as saídas de Artur e Kevin. Se Barros e Leila esperarem a necessidade por um atacante aumentar para abrirem o bolso, os valores a serem gastos irão subir cada vez mais.