Opinião: Palmeiras tem máquina inesgotável de dinheiro chamada categorias de base

Com exceção dos jogadores extraordinários, os talentos revelados nas categorias de base servem para serem negociados

Na modorrenta semana sem muito Palmeiras por conta da bizarrice que chamamos de Data Fifa, a principal notícia foi o interesse do Arsenal em Luighi. Conforme publicado pelo NOSSO PALESTRA, os ingleses perguntaram por informações sobre o atacante e ouviram que o preço para o negócio é de € 20 milhões (pouco mais de R$ 120 milhões).

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Luighi narra trajetória no Palmeiras

E aí entro com uma opinião que talvez seja impopular. Com exceção dos jogadores extraordinários, penso que os talentos revelados nas categorias de base servem para serem negociados e, assim, ajudarem a manter o clube saudável financeiramente e em um bom nível dentro de campo. O retorno técnico é sempre bem-vindo, mas, nesses casos, não é primordial.

Não é todo dia que vamos ver surgir um Estêvão, um Endrick ou mesmo um Gabriel Jesus. E está tudo bem, nem só de craques vive a base. Gênios são raríssimos por definição. Quando olho para o Luighi hoje, não o vejo com o teto tão alto, fazendo € 20 milhões (ou até um pouco menos) parecerem um excelente negócio.

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Não quer dizer que ele não seja um bom jogador e que não possa vir a ser ótimo. Mas de útil a protagonista do maior clube do Brasil há um abismo. O mesmo raciocínio vale para Vanderlan, Fabinho, Naves… valeu para Kevin, Giovani e outros. Quase sempre, a avaliação interna é feita para se chegar a conclusão que a venda é o melhor caminho para todos os envolvidos.

Pode ser que acabe sendo um equívoco e que o garoto faça o negócio parecer uma pechincha histórica? Claro que pode. Como também podem acontecer oscilações, lesões e inúmeras questões que façam o valor de mercado do jovem despencar – vide Gabriel Menino. Um dos trabalhos dos gestores de clube é justamente saber medir esse risco para tomar as melhores decisões. E aqui entra também a questão do uso do dinheiro na busca pela reposição.

No futebol, como na vida, são muitas as variáveis. Fosse o direcionamento seguinte à venda de talentos sempre correta, o Palmeiras não teria adversários no Brasil.