Opinião: ‘Porcos Tristes sem você, Endrick’
Cria da Academia se despede do Palmeiras nesta quinta-feira (30), às 19h (de Brasília), diante do San Lorenzo-ARG pela Libertadores
O dia certamente amanhece com um sentimento esquisito. É humanamente impossível definir se a gratidão que lota o coração é superior ao “será que faltou algo?” que assombra a razão. É um feriado de celebração, e que assim seja, mas ao mesmo tempo são muitos “Porcos Tristes” sem você, Endrick.
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Uma comemoração que tem como fundamento uma homenagem não poderia cair em um dia melhor. Você, Cria, é digno de todas as celebrações e reverências pois sempre fez o mesmo. Sempre respeitou o P no peito, sempre fez questão de comemorar junto, de venerar aqueles que vieram antes, de fazer valer o título de joia.
Endrick, você brilhou, e brilhou muito com a camisa do Palmeiras. Desde os primórdios, quando aprendia a caminhar já com a bola nos pés e encontrou em uma Academia a oportunidade que tanto precisava, até aqui, quando consolidou a passada e fez o caminho rumo ao estrelato madrilenho e mundial.
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Douglas e Cintia fizeram tudo que podiam, e você correspondeu. Das limpezas no CT ao engraxar de chuteiras brilhantes. O que é vivido é puro merecimento. É saber dividir o pão que foi multiplicado e entender que dá para envelhecer igual um vinho. Afinal, 17 anos representam apenas um início de tudo.
A produção de tapetes em um feriado emblemático como esse é tradição, e isso, Endrick, você começou a criar aqui. Criou como Cria, se divertiu, jogou bola, desfilou um futebol bruto e lapidado, foi ousado, foi moleque no melhor sentido da palavra. Foi você.
Continue sendo você do outro lado do oceano pois, assim, a certeza de uma volta ao mundo é mais que certa. Voe, represente, faça o que sempre fez e que melhor sabe, mas lembre que se trata de um “até logo” e que esses “Porcos Tristes” ficarão muito felizes caso queira um dia voltar. A porta estará aberta.