Sou um tremendo corneteiro e nunca joguei futebol, antes que você fique irritado e queira me ofender desta forma: sim, nunca chutei uma bola.
Ainda assim, abusando da minha inutilidade prática, gozo da teoria e dos diversos ângulos que a televisão proporciona pra dizer que a melhor opção de ataque pro Palmeiras neste momento é o que jogou contra aquele que não se deve nominar ao longo de meio tempo: Rony e Endrick como dupla.
Não, não quero tirar o Dudu – ele é intocável. A ideia é fazer hábito com o que se viu ao longo do Dérbi de ontem.
Em busca de alargar o campo, Abel trouxe Dudu para ser um ponta bastante aberto e recuado, oferecendo construção e profundidade, algo semelhante com o que fez Raphael Veiga, abrindo mais pelo lado esquerdo, de onde cruzou para que Rony, pelo meio, pudesse antecipar Gil e abrir contagem em Itaquera.
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Se você tiver olhos mais atentos ao lance, vai observar que Gil perdeu tempo ao monitorar Endrick, que também estava na área, abrindo caminhos para Rony.
A dupla voltou a colaborar no lance que Gabriel Menino finalizou mal, em posse roubada pelos dois. Muito velozes e solícitos na marcação, eles promovem algo incomum no futebol: um ataque de potência física, velocidade e muita intensidade, complicando defesas por aí.
Giovani naturalmente vai ocupar espaço, o quarteto nem sempre estará disponível e muitos segundos-tempos estarão desfilando espaço para o brilhar do canhotinha.
No mesmo tom da substituição ruim do ruim Jailson, Abel me parece ter sido feliz na escolha por esse sistema – ainda pouco usado por ele. Talvez seja uma novidade importante a ser lapidada para o restante do ano, que vai oferecer desafios e exigir novas opções.
Eles são uma boa dupla e vocês em breve vão concordar comigo.
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