Opinião: ‘Tradição virou para Porcos’
Palmeiras alcançou quarta semifinal consecutiva de Libertadores, todas sob comando de Abel, mostrando que é um dos times mais costumeiros do continente
Tradição, no significado literal de todos os dicionários, é uma comunicação oral de fatos, lendas, ritos, usos, costumes, de geração para geração. Tradição, no significado palmeirense, é uma noite de Libertadores. Tradição é Palmeiras. Tradição virou para Porcos.
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O “patinho feio” se tornou um Porco forte e quase que imbatível na principal competição do continente. Bastou que alguém o alimentasse, o arrumasse e o levasse até o ponto mais alto das festas no chiqueiro. Esse alguém? Abel Ferreira.
A quarta semifinal consecutiva foi atingida pelo Palmeiras. Todas elas sob o comando do português. A décima primeira da história, se tornando o clube brasileiro que mais vez esteve entre os quatro melhores de um torneio que antes amedrontava, mas que hoje se amedronta com o tamanho do time animal de recordes e conquistas.
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Abel sabe cuidar do Porco como ninguém. A lama se tornou sinal de entrega, o alimento virou conquistas que dão fome e a criação só pode ser de uma história que só fica cada vez maior. Abel sabe o que fazer para que o Porco não se suje com lamas alheias, não se alimente de intrigas de opositores e não crie negativismos onde não existem.
Abel sabe o que fazer para que riam com o Porco, e não dele, já que algumas piadas precisam morrer e acabam morrendo, por não combinarem com o verde ou por qualquer outro motivo. Já outras possuem a necessidade de existência, afinal, nasceram para negar acessos em lugares sem cores.
Fato é que tradição não acontece do dia para a noite, mas acontece em noites de Palmeiras na Libertadores. Acontece quando o Porco vai para cima, é apoiado e sai vencedor após lutar sem parar. Acontece, aconteceu e ainda vai acontecer. É tradição. É para Porcos.
