Depois de retornar com o projeto do futebol feminino em 2019, o Palmeiras passa por uma reformulação dois anos depois. No total, até o atual momento, oito atletas deixaram o clube, mas a conta deve aumentar em breve.
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O primeiro ponto que precisamos pensar é qual o motivo dessa reformulação, por que mudar um time que estava começando a se identificar? Essa é a maior questão! É estranho pensar que um elenco que havia sido quase 100% mantido para o segundo ano mudar tanto para o terceiro.
Tudo isso acontece mesmo levando em consideração que o Palmeiras chegou até a semifinal do Campeonato Paulista Feminino e do Brasileirão A1, além de conquistar a Copa Paulista, em 2019.
Poderoso, o elenco teve convocações para Seleção Brasileira, a artilharia do Campeonato Brasileiro com Carla Nunes, atletas renomadas do futebol feminino e prêmios relacionados à seleção do Paulistão.
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O que o Palmeiras diz é que a intenção é fortalecer cada dia mais e conseguir conquistar os títulos que deseja. Porém, soa estranho, um time totalmente remodelado, com peças novas que vão precisar se encaixar, algo que leva tempo.
Espera-se muito que um clube tenha um projeto, que mantenha os atletas, faça contratos mais longos. Isso não acontece dentro do Palmeiras e fica a questão: “até que ponto não é falta de planejamento?”
Geralmente, em cada abertura de janela de transferências, o Palmeiras sempre é um dos cogitados para vir forte, tanto que trouxe Bia Zaneratto, Camilinha, Rosana e outras tantas atletas com história ou passagem por Seleções Brasileiras. Mas, infelizmente, não é só isso que importa.
Entende-se o clube tem que se organizar, investir mesmo na modalidade. Pode até vir um título em 2021, mas a expectativa não é disso, é de organizar o time em um primeiro momento.
Há ainda um ponto a dizer: muitas pessoas reclamam e reclamavam do técnico. Enfim, qual o motivo de mantê-lo no time já que não deu os tão bons resultados esperados? O futebol feminino também precisa trabalhar com essa mudança, essa renovação.
Por fim, há a permanência de peças importantes, como Ary Borges e Ottilia. O Palmeiras anunciou também a permanência da zagueira Thais, que está no clube desde 2019, e a contratação da atacante Chú, ex-Ferroviária e atleta da Seleção Brasileira
É preciso muito trabalho para manter o crescimento que o time teve em 2020, mesmo atrapalhado por uma pandemia. O que se espera é que essa visão mude com o futebol feminino, que a valorização aumente e que possamos ser “Palmeiras de todos”