Acordar às 8h da manhã depois de ficar produzindo até às 3h da madrugada é meio complicado, mas foi o que fiz ontem para ir ao jogo. Saí 9h de casa, peguei o ônibus, como sempre dando aquela corrida matinal para não perdê-lo. Desci na estação de trem e lá estávamos nós novamente no caminho para Vinhedo.
Do trem, desci no famoso Tamanduateí, onde peguei a linha verde do metrô. Não, não acaba aí. Nesse momento, eu já estava pensando em como era maluca em estar indo para Vinhedo e tendo que fazer todo esse caminho.
Da verde precisava pegar a azul, só esse trajeto todo já deu 1h40, o que o esporte não faz com a gente. Cheguei no Tietê. Fui andando, meio perdida, para encontrar a plataforma onde iria pegar o ônibus. Na rodoviária havia aquela cabine para desinfectar o corpo, passei por ela e desci as escadas para plataforma. 32, meu número da sorte.
Fiquei por um tempo esperando o último transporte chegar. Quando ele chegou, já fui logo entrando. Poltrona 15, bem do lado da janela. A partir daquele momento tinha mais 1h40 de viagem. Pelo caminho, fui acompanhando alguns jogos que estavam acontecendo, imaginando escalações e bem ansiosa para retornar ao estádio.
A última vez que fui para Vinhedo foi também o último jogo do Palmeiras em casa. Aquela partida de virada contra o São Paulo, iria completar seis meses no dia 15 deste mês. Um 2×1 que foi teste para cardíaco.
Cheguei na rodoviária lá em Vinhedo e encontrei uma amiga jornalista, Patrícia. Nós fomos andando até uma padaria para comer. Como a ansiedade era tanta, nos direcionamos ao estádio faltando 1h30 para o início da partida. Passamos nossos nomes e pegamos a credencial, medimos a temperatura no pulso para poder entrar no estádio. Logo na porta, um homem estava nos esperando com o álcool, aquele para pisar que está tendo agora, sabe?
Depois de passar o álcool, estava tudo pronto para entrarmos. Assim que entramos, já demos de cara com a Priscila, assessora do time. Ela nos entregou o Press-Kit (papel para sabermos mais sobre o time) e falou para ficarmos a vontade.
Esse jogo foi marcante, foi a primeira vez de muitas coisas. Após o retorno do Campeonato Brasileiro Feminino A1, essa foi a primeira partida em casa. Para o meu pessoal, foi o meu primeiro jogo aqui no NOSSO PALESTRA.
Acho que esse jogo não foi tão teste para cardíaco como o contra o São Paulo, mas foi lindo. Dentro de campo, o primeiro tempo não foi da maneira como ninguém esperava, mesmo com o empate. Mas aquele jogo estava feio, pouco emocionante.
No retorno, algo aconteceu, o time voltou diferente, o jogo diferente. Até a imprensa que estava presente sentia a emoção. O jogo acabou e a gente continuou no estádio, vendo o treinamento das meninas após a partida e tentando tirar fotos.
Saímos do estádio e ficamos na praça, eu e Paty, esperando dar o horário do ônibus para voltar. Vimos todas as atletas saindo, indo fazer o PCR após o jogo, como manda o protocolo. No meio do caminho de volta para rodoviária, ainda esbarramos com Karen e Stefany, indo para o apartamento. Paramos, tiramos uma foto e seguimos.
Pequenos momentos foram as maiores marcas desse jogo. A cada dia mais aprendo que o simples é o que encanta. Voltar ao Estádio Nelo Bracalente depois desses quase seis meses foi incrível. Preencheu meu coração de amor, como o futebol tem a capacidade de fazer isso, né?
Depois de mais quase três horas, cheguei em casa. Estava “morta” de cansaço, mas com um sorriso no rosto e um pensamento de valeu a pena e muito.