Com um empate em 1 a 1 no tempo normal, o Palmeiras foi eliminado da Libertadores após perder por 4 a 2 nos pênaltis para o Boca Juniors, no Allianz Parque. Ainda que o time esteja vivo na corrida pelo Brasileirão, a temporada, até aqui, foi comprometida por uma série de fatores.
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Ver a janela de transferências do meio do ano sendo fechada sem nenhum reforço já demonstrou que o segundo semestre palmeirense passaria por mais baixos que altos. Houve falha no planejamento, coisa que o próprio diretor de futebol Anderson Barros admite. Ele e a presidente Leila Pereira falharam em não repor elenco, principalmente após a ausência de Dudu, e falharam ao apostar em um banco repleto de jogadores inexperientes, que ainda precisam de lapidação, como a “salvação”.
Mas essa salvação poderia ter acontecido já que, não ironicamente, os “imaturos” e “crus” foram responsáveis pelas principais chances claras do Palmeiras contra o Boca. Abel insistiu na Bombonera – e em todos os outros jogos – em uma formação que deixou de dar frutos há algum tempo, com Marcos Rocha na cobertura da lateral-direita e Mayke como ponta, e assim o fez no primeiro tempo no Allianz.
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No segundo, optou pelas entradas de Kevin, Endrick, Luis Guilherme e Fabinho, e as Crias simplesmente mudaram a cara da equipe. Já com três atacantes, o time alviverde conseguiu ter a velocidade dos garotos, o talento individual, agressividade e as oportunidades mais claras, que saíram dos pés dos mesmos, mas que os mais experientes não souberam aproveitar.
Com jogadores agudos pelos lados, a defesa do Boca foi aberta e Endrick teve espaço para jogar por dentro. Mas Raphael Veiga desperdiçou pênalti decisivo, Artur foi praticamente nulo – assim como Marcos Rocha -, Mayke como ponta não rendeu, e o ataque/armação, mais uma vez, foi ineficiente antes das entradas dos meninos oriundos da base. O Alviverde não impôs ritmo de jogo, ficou rendido.
O camisa 9 não é banco no Palmeiras. Se o treinador o colocasse em campo, com o “simples” sendo feito na formação, com cada um em sua devida posição, as coisas poderiam ter sido diferentes. Insistir em bolas alçadas na área, toques para trás e inversões foi um erro. Dessa vez a “teimosia” custou caro e o “se” não deve mais entrar em questão.
A temporada até aqui está em “xeque”. A luta pelo Brasileirão não é impossível, mas se torna ainda mais complicada se a insistência nos erros permanecer. Um fim de ciclo à altura seria o completo oposto do que hoje está acontecendo. Se houve uma desconexão no meio do caminho, que ela retorne o mais breve possível.