8 anos do bi! Relembre a campanha do Palmeiras na Copa do Brasil de 2012

Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press

11 de julho de 2012 é a data que marca um dos títulos mais históricos do Palmeiras em seus 105 anos de história. Contrariando todas as probabilidades, a equipe de Luiz Felipe Scolari exorcizou o fantasma do Couto Pereira, que aterrourizou o clube na Copa do Brasil do ano anterior, quando o Verdão sofreu uma impiedosa goleada por 6 a 0.

O Verdão não só conquistou a Copa do Brasil, como levantou a sua segunda taça da competição, dessa vez de maneira invicta, colocando um ponto final em um jejum que já durava 12 anos sem um título nacional e reafirmando o clube como o maior campeão nacional.

Vamos relembrar a campanha que consagrou o time liderado pelo capitão Marcos Assunção:

A estreia!

O Palmeiras encarou o Coruripe de Alagoas na estreia da competição. Naquela época, uma vitória por 2 gols de diferença eliminava a necessidade do jogo de volta. Mas com uma vitória magra por 1 a 0, o Verdão teve que confirmar a vaga em São Paulo.

Sem a sua casa que estava sendo totalmente reformada, o Palmeiras passou bons anos tentando encontrar um lugar que o acolhesse. O jogo diante do Coruripe foi em Jundiaí, interior de SP. Somente a partir das oitavas de final, é que a diretoria alviverde adotou Barueri como casa do Verdão até a grande final.

Além do Horizonte:

A segunda fase da Copa do Brasil colocou o Horizonte do Ceará no caminho alviverde. Dessa vez o Verdão não desperiçou a chance de matar o confronto já na ida. Apesar do susto de sair perdendo, a virada por 3 a 1 com gols de Leandro Amaro e Maikon Leite, garantiram o Palmeiras nas oitavas.

Atropelo no Paraná

Completando 120 jogos com a camisa do Palmeiras, Marcos Assunção fez o seu segundo gol de falta na campanha diante do Paraná, no primeiro jogo das oitavas. A vitória por 2 a 1 deixou o clube bem perto das quartas.

Na volta, no 1º jogo do Verdão em Barueri pelo torneio, goleada impiedosa por 4 a 0 com show de Mazinho. Com dois gols e uma assistência para Valdívia, o Messi Black já mostrava que seria fundamental daqui pra frente.

Atlético-PR e o 1º grande desafio

As quartas de final colocou o Furacão no caminho alviverde. Seria o primeiro grande desafio da equipe de Scolari na competição. O empate em 2 a 2 demonstrou o equilíbrio no duelo, mas o gol qualificado fora de casa acabou sendo um baita de um resultado para o Verdão.

A magia fazendo a diferença!

O Verdão garantiu vaga na semi com um belo jogo diante do Atlético-PR em Barueri. A pintura que abriu o placar foi um dos gols mais bonitos do Verdão na campanha. Drible humilhante de Maikon Leite, passe para Valdívia e o Mago deixando Luan sem goleiro para afundar as redes. Torcida começava a acreditar…

O Grêmio do Gladiador!

A semifinal colocou o Grêmio de Luxa e Kleber Gladiador frente a frente ao Palmeiras de Scolari. Desafeto de Felipão, o ex-atacante deixou o Palmeiras com a imagem de traidor pela torcida. Dentro de campo, o time gaúcho era bem melhor que o Verdão, mas Felipão montou o seu ferrolho com Henrique de volante. Os minutos finais do jogo no Olímpico entrariam para sempre na memória do torcedor alviverde.

Corre pro abraço, Mago!

O jogo de volta parecia ser tranquilo para o Verdão que havia vencido no Sul por 2 a 0. A chuva torrencial que caiu em São Paulo era um prenúncio de que aquele dia não seria fácil. A dificuldade de chegar em Barueri e o trânsito caótico da cidade de São Paulo, fez com que muitos entrassem no estádio somente no intervalo. Sorte deles que os 45 minutos finais que reservaram a melhor história. Golaço de Valdívia e um abraço e Felipão para calar a boca dos críticos. O Palmeiras estava na final:

Primeiro ato

Chegou a grande final. Do outro lado, o perigoso Coritiba, atual vice campeão da Copa do Brasil. Seria a chance de se vingar da humilhante goleada no ano anterior. O primeiro tempo da final em Barueri foi algo inacreditável. Bruno pegou até pensamento e a diferença técnica dos dois times era visível. O Verdão sem Barcos, quase não conseguia assustar o gol de Vanderlei. No último lance do primeiro tempo, Betinho sofreu pênalti e Valdívia abriu o placar, levando os palmeirenses ao delírio. Mas menos de 2 minutos depois, o camisa 10 foi expulso e o drama aumentou. O Palmeiras não teria o chileno no jogo de volta, e ainda teria que jogar com 10 toda segunda etapa. Certas coisas no futebol são inexplicáveis, e o alviverde atuou melhor na segunda etapa. Com mais uma assistência de Assunção, Thiago Heleno ampliou a vantagem. Restavam 90 minutos para o sonho se tornar realidade.

O alto da Glória. O Brasil é verde de novo!

Sem dois dos seus melhores jogadores, Felipão sabia que o jogo da volta seria complicadíssimo. A atmosfera no Couto Pereira era algo de arrepiar qualquer apaixonado por futebol. O gol de Ayrton fez o coração dos palmeirenses pararem por alguns minutos. Mas a história teria que terminar como ela começou lá em Coruripe. Com Assunção decisivo. Bola na cabeça de Betinho e o resto é história.

Finalizamos essa trajetória relembrando o vídeo de homenagem da Adidas ao título alviverde. Com texto de Mauro Beting e narração de Joelmir Beting, ilustre palestrino que partiria no final daquele ano.