+9 dos 1000 clássicos do Palmeiras: 3 x 2 Corinthians, Libertadores-00
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São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.
O Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:
Data: 06/06/2000
Local: Morumbi
Juiz: Edilson Pereira de Carvalho
Gols: Euller (34’), Luizão (39’ e 52’), Alex (59’) e Galeano (71’)
Decisão nos pênaltis: Palmeiras 5 x 4 Corinthians
Gols do Palmeiras: Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior
Gols do Corinthians: Ricardinho, Fábio Luciano, Edu e Índio (Marcelinho Carioca chutou e Marcos defendeu)
PALMEIRAS: Marcos; Rogério, Argel, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio (Tiago Silva) e Galeano; Alex; Marcelo Ramos, Pena (Luís Cláudio) e Euller (Asprilla)
Técnico: Luiz Felipe Scolari
CORINTHIANS: Dida; Daniel (Índio), Fábio Luciano, Adilson e Kléber; Vampeta e Edu; Marcelinho Carioca e Ricardinho; Edilson e Luizão (Dinei)
Técnico: Oswaldo de Oliveira
Terça-feira, 6 de junho. No tempo regulamentar, Palmeiras 3 a 2. Como o jogo de ida da semifinal tinha sido 4 a 3 para o Corinthians, a decisão foi para os pênaltis. Os mesmos que levaram o Verdão além e ao infinito um ano antes, na conquista da América, canonizando São Marcos. Os mesmos pênaltis que naquela noite de 2000, no mesmo Morumbi, levariam o anjo guardião palmeirense a um lugar sem igual no clube. Mais uma vez tirando o rival da Libertadores.
Aos 34 minutos, logo depois de a torcida cantar o hino, Júnior (o melhor palmeirense nas duas partidas) avançou pela lateral esquerda e cruzou para Euller bater cruzado e vencer Dida. 1 a 0.
Cinco minutos depois, Luizão empatou de cabeça. Aos 6 da segunda etapa, ele, de novo, em jogada de Edilson. Virada corintiana. Felipão inverteu os atacantes. Marcelo Ramos foi para a direita, Pena virou centroavante e Euller atacou pela ponta esquerda. Aos 14, ele foi ao fundo e deu o empate para Alex finalizar com categoria. Dez minutos depois, o meia palmeirense jogou a bola na segunda trave. De cabeça e coração, o volante Galeano virou a virada. 3 a 2.
Pênaltis. Os mesmos que eliminaram os corintianos em 1999. As duas equipes sabiam como os adversários efetuavam as cobranças em 2000. Estavam muito estudados os batedores. Marcos pensou: “Eles sabem que eu sei onde eles chutaram os outros pênaltis. Eu vou enganá-los. Eu vou no outro canto!”.
Marcos errou os lados onde bateram Ricardinho, Fábio Luciano e Edu. Todos mantiveram os cantos preferenciais… Só acertou onde bateu Índio. A bola foi no ângulo. Nem São Marcos para defender.
O Palmeiras acertou os cinco pênaltis: Marcelo Ramos, Roque Júnior, Alex, Asprilla e Júnior (que mandou no meio do gol de Dida). Na última cobrança alvinegra, o craque e melhor batedor do time de Oswaldo de Oliveira – Marcelinho Carioca, o mais polêmico da equipe.
Talvez só na Copa Rio de 1951 o Palmeiras tenha tido tamanha torcida a favor. Ou contrária ao Corinthians.
Marcelinho Carioca bateu forte na bola. Ela veio violenta no canto baixo direito de Marcos. O santo palmeirense, com a antevisão de craque, sentiu, viu e saiu antes. Com a mão direita, espalmou a bomba. Com os braços erguidos, saiu para a mesma bandeirinha de escanteio onde Evair celebrara o pênalti dos 4 a 0 contra o Corinthians, em 1993.
Naquele corredor próximo à meta de fundo do Morumbi, Evair e Marcos fizeram dois dos maiores momentos centenários do Palmeiras. O time acabou vice-campeão da Libertadores 2000. Mas cumpriu o dever ritualístico histórico: tirar o rival da disputa.
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