+9 dos 1000 clássicos paulistas (parte 4): 2 x 1 Santos, Copa do Brasil-15

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São 367 vitórias, 295 empates e 337 derrotas em clássicos paulistas, desde 1915.

Nosso Palestra elenca 9 + para lembrar sempre:

 

Data: 02/12/2015

Local: Allianz Parque

Juiz: Héber Roberto Lopes

Gols: Dudu, aos 11 e 39 do segundo tempo, e Ricardo Oliveira, aos 41 minutos.

Decisão nos pênaltis: Palmeiras 4 x 3 Santos

Gols do Palmeiras: Zé Roberto, Rafael Marques (perdeu), Jackson, Cristaldo e Fernando Prass

Gols do Santos: Marquinhos Gabriel (perdeu), Gustavo Henrique (perdeu), Geuvânio, Lucas Lima e Ricardo Oliveira

PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro (Lucas Taylor), Jackson, Vítor Hugo e Zé Roberto; Matheus Salles e Arouca; Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Rafael Marques); Barrios (Cristaldo)

Técnico: Marcelo Oliveira

SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz (Werley) e Zeca; Thiago Maia (Paulo Ricardo) e Renato; Gabriel, Lucas Lima e Marquinhos Gabriel (Geuvânio); Ricardo Oliveira.

Técnico: Dorival Júnior

ALLIANZ PARQUE VINCERÒ!!!

42 minutos da quinta-feira, 3 de dezembro de 2015. O início da arrancada para a volta olímpica do maior campeão nacional no seu novo lar.

1942. A Arrancada Heroica para o Palestra morrer líder e o Palmeiras nascer campeão. E depois se transformar no maior vencedor no país que mais títulos mundiais conquistou.

33. O número do bicampeão Betinho em 2012. 33. O número do melhor tricampeão palmeirense: Gabriel. Jesus que multiplicou porcos.

3:00. O tempo de “Nessun Dorma”, a ária de Turandot, talvez a mais linda, na certamente mais tocante versão, a de Luciano Pavarotti.

14h19 de 2 de dezembro de 2015. A hora em que comprei no Itunes na tarde da decisãoa versão que encaminhei para o amigo Luciano Kleiman mandar para o sistema de som do Allianz Parque, no final da volta olímpica do campeão que retornou. Ideia do palestrino Paulinho Corcione, que assina a trilha sonora de nosso filme “Palmeiras – O Campeão do Século”, que eu apenas encaminhei para o clube e para o estádio. E que me custou os mais prazerosos 0,99 dólares.

E quem diz que 0,99 é pouco?

E quem diz que o Palmeiras estava apequenado? Que seria massacrado? Que… Que… Quén, quén…

KKK.

Pois é. Eu até teria postado antes o meu texto campeão da Copa do Brasil naquela madrugada se não tivessem levado meu celular na esquina da Caraíbas com a Palestra Italia. Quando era abraçado, beijado, e fotografado por muitos amigos de credos e cores. E roubado por um amigo do alheio.

Acontece. E se perdi meu telefone, aumentei minha conexão com nossa torcida.

Essa gente que corneta e vibra.

Nós que tanto desejamos e conseguimos.

Queremos a Copa?

Queremos Palmeiras!
Querer todo mundo quer. Mas quem é que pode ter 12 canecos nacionais como o levantado naquele dia? Quem pode é Palmeiras.

Queremos a taça. Um brinde.
Queremos o campeonato. Vem de brinde.
Queremos tudo. Não brinque com essa gente que corneta. É sério. É Palmeiras.

A gente detona tudo. Depena de dar pena nossos palmeirenses de chuteiras. Depreda sem piedade o patrimônio. Deprecia o que é nosso. Depaupera o pau da imprensa deles. Dá porrada em tudo.

Somos bravos.
Bravíssimo!

Nessa ópera por vezes bufa cantamos a plenos pulmões que somos Palmeiras até morrer.
Ainda morreremos de Palmeiras. Mas é ele que nos faz mais vivos. Tirando o ar e o sangue. Dando energia e amigos.
Pelo Palmeiras não somos loucos, apenas insanos.
Pelo Palmeiras não somos fiéis, apenas leais.
Pelo Palmeiras não torcemos, apenas somos.
No que há de Darinta e no que há de Divino, de capetas ao Santo nessa família.
Brigamos entre si. Lutamos contra todos.

Nós falamos mal de nós mesmos. Vocês, não! Nós somos porcos. Assumimos e viramos mais um bicho. Vocês não podem nos chamar de porcos. Só nós.

Vocês que assumam outros animais. Aqui é porco tanto quanto periquito. Aqui é Palmeiras. Aí é com vocês.

Eu falo mal de mim mesmo quando eu falo mal do meu time. Eu não gosto do jornalista que não vê graça, futebol e pênalti no meu time. Eu não gosto de quem tem outro gosto. Eu sou assim. O Palmeiras é assim.

Não peça razão. Só peço Palmeiras. Não tem preço. Por isso peco como palestrino por imprecar contra o time na imprensa. É o que me paga. Mas é gratuito o estado de graça de ser palmeirense. Seja jornalista como eu, seja o que você for. É profissão de fé. Bem de família. Cromossomo de como somos felizes por ser Palmeiras.

Queremos a Copa. Sempre. Mas o que queremos mesmo independe dela. Pra sempre queremos Palmeiras.

Verdão que vem, vê e vence. Até quando não ganha.

Quisemos a Copa. Ela veio. Nos pênaltis. Nas meias brancas. Pras cabeças. Pros corações. Prass. Pelas mãos penais. Pelo pé do campeão.

Queremos a manutenção do elenco que chegou duas vezes. Duras vezes jogou. E deu.
É insistindo que se chega longe. É perseverando. É preservando.
É…
Palmeiras.

Estava na hora. Faltou pouco para perder. Mas nunca vai faltar tantos que te apoiam.
Vamos, Palmeiras. Amor é na Academia e na dor.
Amor cala fundo. E cala quem não gosta do espírito de porco.

Não jogamos bem na Vila no primeiro jogo. Teve o lance do Barrios. Segue o jogo! E ele seguiu até o gol do Nilson. Lance que a gente fala como o “pênalti no Barrios”. O “gol do Nilson” também não foi marcado. Para muitos, ali começou o tri. Para mim, começou mesmo em 1914.

Não é prepotência. Isso é de quem acha que o rival se “apequena”… Aqui é Palmeiras. É o contrário. Explico. Ou tento explicar a quem não é – o que é impossível. Quem é, meu pai dizia, é desnecessário. Vamos lá. É assim: Quem não é Palmeiras acha que é pessimismo. É diferente. É palmeirismo. Não é um estado de espírito. É apenas uma constatação pétrea. Não é que vai dar errado. É que não vai dar certo. Só isso. A gente sabia que levaria o gol de Ricardo Oliveira quando fizemos 2 a 0. Estava na cara. Ou lá no fundo da alma.

 

É a nossa arma. Vem gozar da gente! Vem Viola, imita o porco agora. Vem Oliveira, da família de Marcelo e Osvaldo, vem Ricardo, o Grande como Viola. Adoro vocês. De coração. E gosto mesmo das duas figuras. Viola é dos nossos, é parceiro. Ricardo também é um cara legal, também é artilheiro. Mas certos gols feitos têm volta. Incertas celebrações, essas não têm volta para quem levanta a bola para nós. A não ser que queira que façamos a última festa. A do primeiro colocado.

 

A mais bela. Do corredor alviverde do estádio, da Palestra Italia e da Caraíbas onde não se corre, só se escorre Palmeiras. No Allianz da aliança Palestra e Palmeiras. A casa do campeão do século XX. Do campeão da Copa do Brasil de novo. Do ainda maior vencedor de títulos nacionais. Do Palmeiras que não se apequena. Que pena, rivais. A gente depena quem depreda.  A gente construiu pedra a pedra nosso patrimônio. Na nossa casa a gente conversa.  Sem verso próprio, e sem verba pública. Palmeiras é prosa. Se quiser, o vice versa. O campeão conta o melhor canto de nossa vida.

O do Palmeiras que só foi igualar o placar da Vila aos 11 finais, com Dudu, em lance de Robinho. O Palmeiras que fez 2 a 0 de título quando Vítor Hugo subiu mais que todos e Dudu fez mais do que o sonhado. Mas o pesadelo esperado veio a cavalo. O pastor diminuiu. Mas só pra Prass nos defender. E ainda fazer o gol do título mais celebrado. Em 1999 a bola de Zapata foi pra fora e deu Libertadores. Nas outras Copas foi com a bola rolando.

Título, num chute de gol, e acabando com tudo, foi com Prass. A bandeira erguida pela Mancha antes do clássico no Gol Norte. O estandarte eterno desde então no Gol Sul. Do Palmeiras campeão do Oiapoque a Perdizes.

 

(Leia os outros 3 jogos. E veja e, breve mais 5 clássicos paulistas)