A César o que é verde: Ferroviário 2 x 4 Palmeiras, Robertão-67

O Ferroviário (um dos clubes que deram origem ao Paraná Clube) recebeu o campeão paulista de 1966 no Durival de Brito. Palmeiras que não tinha mais Ademar Pantera no ataque, negociado com o Flamengo. Mas encontrara para o substituir não apenas que seria em 1967 o único artilheiro do clube em campeonatos nacionais; também o maior goleador da Era Palmeiras.

Em 19 minutos o valente e veloz centroavante já marcara três dos quatro gols palmeirenses no Paraná, pela quinta rodada do Robertão de 1967. Faria aos 37 do segundo tempo o quarto dele e do time.

A César o que é do Palmeiras.

No empate no meio da semana anterior em amistoso em Bagé contra o Guarani, César tinha marcado o único gol palmeirense. Em Curitiba, todos os quatro gols.

Aos 8, Gallardo avançou pela direita, tocou para Ademir servir César. 1 a 0. Aos 10, Pinheiro perdeu a bola para Gallardo colocar na cabeça de César. 2 a 0.

Aos 12, Renatinho descontou depois de rebatida de Dudu em escanteio. Na primeira partida em que jogaram juntos no Robertão cabeça e coração de todas as Academias: Dudu e Ademir da Guia. O Ferroviário veio para cima. Mas, aos 20, o trem passou por cima de novo. Ademir lançou César. 3 a 1 Palmeiras.

Aos 38, César passou por três e bateu fraco na saída de Paulista. 4 a 1. O Palmeiras tirou o pé do acelerador e tomou um gol de Padreco, em lance confuso, aos 42.

César se juntou a Rinaldo na artilharia do Robertão com seis gols em cinco partidas. O ponta ainda perdeu um pênalti no Paraná, chutando para fora, aos 31 do segundo tempo.

Aymoré fez três mexidas. Mais uma vez colocou Doná na meta. E estreou no Robertão Baldocchi, zagueiro tricampeão mundial pelo Brasil, em 1970. Tupãzinho também entrou na segunda etapa.

César foi o craque do jogo. Também atuaram muito bem Ademir da Guia (para variar) e Servílio, um pouco mais atrás no 4-3-3 escolhido pelo treinador campeão do mundo pelo Brasil em 1962.

O Palmeiras seguia na ponta do Grupo B, ao lado do Santos, com 8 pontos. Era o melhor ataque do campeonato com 15 gols em 5 partidas.

As vitórias valiam dois pontos. E aquele time era voltado ao ataque. Ainda mais com a sede de César.