A esquina do nosso mundo: Palestra Italia x Caraíbas

Não é a “esquina do mundo” como a do Times Square em Nova York. Não acontece alguma coisa no meu coração quando cruzo a Ipiranga com a São João como os novos baianos. Mas Caraíbas com a velha Turiaçu é a aliança entre o velho Palestra e o novo Palmeiras do Allianz Parque na novíssima rua Palestra Italia.

Ponto de encontro onde tanta gente que se desentende como gente só por pertencer à Parceria Palestra-Palmeiras como essa que tem o gene alviverde. Alma de periquito e espírito de porco. Torcida que canta e vibra na rua que é do povo. Não do MP, da PM, da PQP que não pode berrar por ser barrada na rua que é Palestra. No bairro que é mais rico por ser Palmeiras. Na zona que é mais valorizada por ser a do clube que lá chegou em 1920. E comprou com dinheiro nosso. De nossos parceiros. Não ganhou de prefeitura, de governador, de presidente.

O estádio é nosso. Pago no osso e pelo nosso sangue. A rua é de todos. E para todos. Não para poucos. Não só para quem paga caro pelo ingresso. Não só para quem o promotor de eventos e autopromotor de mídia do MP deixa passar.

O Palmeiras não quer só fazer festa em campo. Quer celebrar a alegria de ser Palmeiras como bom vizinho que é. Ou melhor vizinho que os incomodados que chegaram depois de 1920 ao bairro. Sim. Somos barulhentos. Somos bagunceiros. Somos tudo isso. Mas somos maioria de paz, de festa, de alegria. De Palmeiras.

Faz um ano que fecharam a esquina do nosso mundo só pra quem paga em dias de jogos. Por isso sobrevivemos nessas partida desta para pior.

Não podemos tolerar ruas fechadas. Não só por sermos Palmeiras. Mas por sermos cidadãos.

(Foto de Sérgio Ortiz, da FORZA PALESTRINA)