A gente não gosta, mas a gente tem que sofrer

Renato classificou o Grêmio contra o Estudiantes do jeito Grêmio que a Academia do Palmeiras importou com Felipão a partir de 1997. Quando ganhamos a Copa do Brasil na última bola impossível de Oséas contra o Cruzeiro, em 1998 (FOTO). Quando viramos contra o próprio Cerro no Palestra o jogo que nos eliminava ainda na fase duríssima de grupos. Quando então vencemos o favorito Vasco em São Januário. Ganhamos nos pênaltis de São Marcos contra um Corinthians que foi melhor. Só não foi maior que o Santo em Núñez. E nada seria maior que os 4 a 2 sobre o Flamengo no Palestra na Copa do Brasil. O jogo que incendiou torcida e time rumo à ruína do River e à conquista da América contra o Deportivo.

Libertadores vencida como seria o Rio-São Paulo de 2000 batendo de novo o de velho favorito Vasco. Palmeiras de Felipão que venceria o Coritiba na improvável Copa do Brasil de 2012 com o ainda mais inefável Betinho, depois de superar o favorito Grêmio.

Coisas de Felipão. Algumas inexplicáveis. Como os primeiros bons resultados e as últimas boas atuações de qualquer equipe que ele tenha escalado. Sem sofrer gols. E nem sofremos por isso.

Libertadores não é isso. Precisamos sofrer! Não somos masoquistas. Nem nos gabamos por isso como os maiores rivais. Mas não conseguimos passar sem dramas. Não queremos. Mas é o que temos. O que viramos como o jogo. O Palmeiras tem a capacidade de golear por 5 a 0 sofrendo. Tem a inusitada característica de sofrer amanhã mesmo com a enorme vantagem de dois gols conquistada no Paraguai nas duas únicas chances de gol naquele jogo.

Assim seja o jogo de volta. O retorno de Felipão numa Liberta ao velho Palestra que foi dele de 1997 a 2000 e, como ele agora, estava sendo reconstruído na segunda vinda, de 2010 a 2012.

Jogo amanhã com duas “certezas”: vamos sofrer. E vamos nos classificar. Paradoxo? Não, apenas Palmeiras. Ainda mais o de Felipão.