A terapia de choque palmeirense

Claudia Gaiga de Alessio sempre quis ir ao Palestra ver um jogo do amor que herdou do pai. “Deve ser emocionante sentir a energia da nossa torcida vendo o nosso Palmeiras jogar”.

Há alguns meses a mãe da Beatriz não sabia se teria mais energia para ver mais nada ao receber o diagnóstico do médico: câncer de mama.

Retirou o tumor em operação que deu certo. Como prêmio, ganhou um ingresso para ver o jogo de volta sem retorno contra o Boca. A médica não a liberou.

Ela, como faz desde o diagnóstico da doença, não desistiu. Ganhou o ingresso enfim para os 3 a 0 contra o Fluminense. Pela primeira vez esteve no Allianz Parque. Para ver Borja, o golaço de Felipe Melo, o grávido Luan celebrando o terceiro.

Ela se disse “anestesiada” não com a emoção da vitória que encaminhou. Mas pela força que é o nosso amor de família. De avô e filha. Paixão que independe de resultados de campo e dos exames. Força dela que superou a operação e pode encarar ainda uma radioterapia. Fala, Bia:

“Minha mãe já melhorou bastante. A alegria e a energia do palmeirense a fizeram melhorar ainda mais depois do jogo no estádio. Só posso agradecer ao time e à nossa torcida pelo melhor tratamento que existe. Por aquilo que vocês fizeram pela minha mãe”.

Amigos de credo e de verde que cantaram “Palmeiras” do Hino até o “está chegando a hora”, vocês já têm a prova de que amor cura. Que energia cura.

Não falem que vocês são “palmeirenses doentes”. Vocês são sãos. São Marcos. Divinos como Ademir. Saudáveis. Sãos e salvas como Claudia.