Abel muda psicológico do Palmeiras na Libertadores e vaga deixa lição após postura no Paulista

Entenda como o treinador trabalha o lado mental do elenco antes das partidas decisivas do Verdão

O treinador Abel Ferreira sempre demonstrou enorme gosto pela psicologia no esporte e este interesse do é refletido nos atletas do Palmeiras. Para evitar uma pressão exacerbada nos jogadores, o técnico é honesto com o elenco, afirmando o tamanho do jogo e as possibilidades de resultado.

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– A psicologia é algo que me fascina desde 2004, quando o meu treinador era o professor Jesualdo Ferreira, no Sporting Club de Braga, e vi o professor Jorge Sequeira, que foi o primeiro psicólogo que vi num time de futebol. A partir deste momento, comecei a perceber que, quanto tu chegas a um nível de excelência de trabalho, de recursos humanos, de estrutura do clube, há algo que faz a diferença, que é o que está entre as nossas orelhas. É algo que me fascina. Desde jogador, procurei falar, perceber, ler. É algo que faz diferença nas nossas vidas, basta percebermos que, quando estamos aborrecidos, o impacto que isso causa a nossa volta. E o impacto que causa quando estamos mais otimistas. Para mim, enquanto treinador, é fundamental para o rendimento dos jogadores, mas para a nossa vida particular também – afirmou o treinador em coletiva concedida em março.

Abel entende que o psicológico do jogador brasileiro é fraco e, por isso, precisa de uma atenção especial. Por isso, os jogadores são mais sucetíveis às críticas por parte da torcida, assim como à pressão em jogos decisivos.

Para driblar esta situação, o treinador usa a honestidade. Nas preleções, deixa evidente o tamanho do jogo, assim como a possibilidade de derrota. Para os atletas, afirma que perder é normal, mas que é necessário competir – a falta de competitividade, como ocorreu na final do Paulistão, é inadmissível.

O método do português tem um resultado nítido na equipe, que costuma corresponder em momentos fundamentais da temporada. Em 2020/21, o time conquistou títulos importantes contando com jovens atletas em campo, como foi o caso de Danilo, Menino e Patrick de Paula, que foram escalados no histórico 3 a 0 contra o River Plate, na Argentina.

Na temporada atual, apesar da pressão resultante do momento ruim que a equipe vivia, o Alviverde contornou a situação ao bater o São Paulo, também por 3 a 0, pela Libertadores, com grande atuação das Crias da Academia Danilo e Patrick de Paula, além de nomes questionados pela torcida, como Luan e Zé Rafael.

Agora sem precisar pensar na competição continental até setembro, o Palmeiras de Abel Ferreira busca engrenar no Brasileirão para voltar à disputa pelo título. No próximo domingo o Alviverde entra em campo contra o Cuiabá, às 11h (horário de Brasília), no Allianz Parque.

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