Amacord: Palmeiras 2 x 0 Vitória, BR-93

Era a segunda decisão nacional que eu via do Palmeiras no Morumbi. No BR-78, confesso, temia pelo que aconteceu. Derrota pro Guarani. Em 1973, fui campeão pela última vez ao lado do meu pai, no empate com o São Paulo. Desde 1990 como jornalista esportivo, as minhas finais eram nas cabines. Em 1993, meu pai foi capa daquele domingo do ESTADÃO ao lado do rubro-negro João Ubaldo Ribeiro. Colunistas-torcedores. Ótimos tempos. Não dos quinta-colunistas que viram torcedores do Barcelona.
Na ida, na Fonte Nova, Edilson fez o gol do triunfo contra o Vitória. O Palmeiras jogava pelo empate, na volta. Em 20 minutos, Evair abriu a contagem e foi celebrar com Sérgio, que havia cobrado gol do Matador, e Edmundo fechou o placar depois de belo passe de César Sampaio.
Mais não lembro do jogo. Nem precisa. Só lembro a festa do título de novo no Morumbi e a do cara da foto na Giovani Gronchi, também flagrado pelo jornal, depois do jogo.
Foi o último título que ele viu em estádio. Ele morria de medo. Ele se achava pé-frio. E/ou não conseguia ver e nem ouvir os jogos.
Hoje era capaz de ele também não ver a partida. Vai que perde. Vai que o STJD. Vai que.
Bem que você podia ter vindo só um pouquinho, né?