Amarcord: Bahia 1 x 2 Palmeiras, BR-94

Primeiro jogo das oitavas de final do BR-94. Palmeiras campeão brasileiro de 1993 favorito ao bi nacional, como já havia sido bicampeão paulista (e com mais um Rio-São Paulo com time misto e contra o Corinthians na galeria). Nenhum time que havia saído de um jejum de títulos enfileirava tantas conquistas seguidas como mais uma Via Láctea montada pela Parmalat, cogestora do clube desde março de 1992 e que planejava ser campeã de alguma coisa até dezembro de 1994. Mas não já bicampeã nacional e paulista (quando o estadual ainda era quase tudo de ótimo).

O tetra mundial Mazinho voltara para a Europa. Rincón foi pro Real Madrid. Edilson para Portugal. “Apenas” Rivaldo chegou para reforçar e encantar um time que tinha Evair um pouco mais atrás para organizar o jogo. Outra grande sacada tática de Luxemburgo.

Na Fonte Nova, porém, um time mais fechado, com três volantes, apenas Zinho para armar, e Rivaldo mais adiantado. São mais de 70 mil tricolores empurrando o Bahia que foi bem. Pode reclamar de um pênalti não marcado de Cleber no atacante Raudinei. Mas sabe que não tinha como contra aquele Palmeiras. Ainda mais deixando Roberto Carlos solto pela esquerda para abrir o placar, aos 14, num balaço sem chance para Jean (pai do goleiro do São Paulo em 2018).

O Bahia empatou no segundo tempo, com um chute de fora da área de Souza, aos 5. Poderia ter virado não fosse mais uma grande atuação de Velloso, em excelente forma, e que quase não ficou no clube que tentou contratar Taffarel. No contragolpe, aos 42, César Sampaio achou Maurilio livre na intermediária para encobrir com categoria Jean. Outro belo gol do talismã daquele Palmeiras que não tinha rival. Nem igual.

BAHIA 1 x 2 PALMEIRAS
Campeonato Brasileiro/quartas-de-final
Quarta-feira, 30/11/1994 (noite)
Fonte Nova
Salvador (BA)
Juiz: José Mocellin (RS)
Renda: R$ 399 039
Público: 69 129
PALMEIRAS: Velloso; Cláudio, Antônio Carlos, Cléber e Roberto Carlos; César Sampaio, Amaral e Flávio Conceição; Zinho; Evair (Maurílio) e Rivaldo (Paulo Isidoro)
Técnico: Wanderley Luxemburgo
Gols: Roberto Carlos 14 do 1º; Souza 5 e Maurílio 42 do 2º