Amarcord: Palmeiras 2 x 1 Cerro Porteño, Libertadores-99

O Palmeiras estava classificado para as oitavas-de-final da Libertadores-99. A virada no Palestra sobre o Cerro Porteño foi no sufoco felipônico.

Não precisava sofrer tanto. Mas foi mérito do time paraguaio que veio para cima e equilibrou o jogo no primeiro tempo. Na segunda etapa, falha defensiva palmeirense deu no gol do brasileiro Gauchinho, aos 3 minutos. Por 11 minutos o Palmeiras estava eliminado. Até Júnior Baiano mais uma vez salvar a equipe lá na frente, empatando aos 14. Arce, de falta, virou o placar, aos 18.

Com a vitória, o Palmeiras esperava o jogo do Corinthians contra o Olimpia, na sexta, no Pacaembu. Se o rival vencesse o time paraguaio, seria líder do grupo e o Verdão teria de enfrentar o adversário mais temível: o Vasco, campeão da Libertadores-98. Se o Olímpia ganhasse em São Paulo, a bucha ficaria para o Corinthians. Se houvesse empate, um jogo-desempate seria realizado: o vencedor do Derby escaparia do Vasco.

O Corinthians venceu. O Palmeiras foi obrigado a pegar a pedreira Vasco. Venceu no Rio. O Corinthians foi melhor em 180 minutos nas quartas. Mas não mais que Marcos. Na semifinal, um show no River, na volta. Quando enfim acreditamos ser possível até Zinho perder o primeiro pênalti da decisão. Nem em Marcos nos fiamos. Gritamos
FORA no Palestra até Zapata ouvir a nossa voz e o a América conquistarmos.

Aquele que estava fora de cogitação contra o Cerro por 11 minutos eliminados. Ou mesmo antes: apenas
12 mil presentes no estádio. Não se confiava tanto na equipe. Ninguém estava dando muito bola ao Palmeiras.

Melhor pra nós. Sempre.

PALMEIRAS 2 X 1 CERRO PORTEÑO-PAR
Libertadores da América/Primeira Fase
Quarta-feira, 7/abril (noite)
Palestra Italia
Juiz: José Luiz da Rosa (URUGUAI)
Renda: não disponível
Público: 12 652
PALMEIRAS: Marcos; Arce, Júnior Baiano, Cléber e Júnior; Galeano (Rogério), César
Sampaio (Evair) e Zinho; Jackson; Paulo Nunes e Oséas (Alex).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
CERRO PORTEÑO: Aceval, Recalde, Héctor Blanco, Peralta e Toledo; Gavilán, Gómez,
Jorge Campos (Núñez) e Alvarenga; Mauro Caballero (Fernández) e Gauchinho (Aguilera)
Técnico: Carlos Baez
Gols: Gauchinho 4, Júnior Baiano 15 e Arce 19 do 2º
Expulsão: Gomez