Amor de mães nunca é demais
Tainara Arantes é de nascimento em Santos. Mas é Palmeiras desde 21 de abril de 1990. Mãe corintiana roxa, pai palmeirense verde. Jogava futsal e a filha torcia por ele. Mas ainda mais pelo time dos dois: “a melhor e maior herança do meu pai pra mim”.
Acompanhou de pequena as Vias Lácteas da Parmalat que a fizeram gritar ainda mais “Verdãaaaaao” e “Maaaaaaarcos”. Sempre com o pai. Viram juntos a Libertadores de 99. Ajoelhados também perderam os pênaltis de 2000. “Meu primeiro choro. Sinto a dor até hoje”.
Só foi ao estádio em 2012. Palmeiras x Portuguesa. “Nem celebrar direito eu sabia na arquibancada. Chorei no gol. Minha mãe nunca me deixou frequentar estádio. Por medo. Nesse dia, ela me levou e me esperou ao redor. Amor de mãe é gigante!”
Liberada, Tainara começou a peregrinar como o Palmeiras que reformava o Palestra. Estava em Barueri na vitória contra o Coritiba que encaminharia o bi da Copa do Brasil. Três anos depois viu todos os jogos do tri no Allianz.
Na final do SP-18, perdeu o celular numa briga de um amigo que tentou apartar. A derrota doeu mais.
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Mas ela já era ainda mais vencedora desde 2013, quando iniciou o tratamento para ter um filho. Não deu na primeira. Mas na segunda inseminação nasceu Sebastian Arantes Martins. “Sebastian de Palestra Italia, como coloquei na sua flâmula do Palmeiras na janela da maternidade. Ele saiu do hospital todo de Palmeiras! Foi na minha barriga aos hotéis de Santos quando a comissão e jogadores vinham pra jogar na Vila
Belmiro. Tem body, sacos de dormir, e cadernos autografados dos jogadores desde 2015. Quando nasceu, com poucos meses, foi comigo em mais uma loucura atrás dos jogadores. Todos os jogos quando não vou ao estádio ou no bar de palmeirenses que tem aqui em Santos ficamos em casa, seja amistoso ou valendo tudo, seja jogo da base ou do profissional nos vestimos e montamos a sala que é verde, com capa de sofá do Palmeiras e parede completa de quadros (inclusive a simbólica frase do senhor Joelmir, que assim como meu pai deixou a melhor HERANÇA ao meu hoje posso dizer amigo Mauro Beting).
Tainara criou um ser muito especial. Não só por ser Palmeiras. Mas por ser filho de muito amor de duas mães. “Somos palmeirenses desde que nascemos e somos apaixonadas pelo Palmeiras como também somos por ele e como casal. Sebastian é rodeado de amor e de Palmeiras”.
O Camarote Fanzone, parceiro do NOSSO PALESTRA, realizou o sonho de Tainara de levar o filho dela e do amor dela ao Allianz Parque. “Ele ficava contando as horas pro jogo. Não conseguimos ganhar o jogo. Mas esse momento junto com meu filho foi um dos melhores da minha vida, com meus dois amores eternos e imensuráveis comigo. Não consigo parar de pensar nesse dia e em tudo que eu vivi. Eu respiro Palmeiras”.
Tainara ouve e se diz “louca”. Mas não é. é amor. Incondicional. Pelo filho e pelo amor de família. “Todo amor que eu sinto por ti eu vou passar pro meu filho. Dizem que vou estragar meu filho. Mas se eu o estragar com essa doença, serei eternamente realizada. Vocês não sabem o que é meu filho, meu sangue de 4 anos, cantar o Hino desde os 2 quando mal sabia falar e já cantava inteiro… Ele canta as músicas da torcida, ele fala ‘Dudu faz um gol
Pra mim’. Meu filho tem a mesma paixão que tenho por Dudu e Marcos sem ele nem entender e nem mesmk conhecer o Marcos. Apelidou o porquinho dele de ‘Marcão’. Não tem preço”.
Tem valor. E tem mesmo muito amor. “Obrigada, Palmeiras, por existir e por estreitar mais ainda os laços com meu filho”.