Análise: Palmeiras precisa ligar alerta por falta de efetividade ofensiva
Verdão de Abel Ferreira aposta em cruzamentos e não converte volume criado em bolas na rede, evidenciando problemas
A derrota para o Grêmio por 1 a 0 na última quinta-feira (21), pelo Brasileirão, faz com que o Palmeiras ligue um alerta. Não pelo resultado em si, mas pela falta de efetividade ofensiva. Apesar de um certo volume e produção, não existe eficácia, e isso precisa ser mudado até as próximas decisões.
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Ainda que a temporada individual não fosse uma das melhores da carreira, Dudu deixou um buraco na equipe alviverde. Um buraco que parece não ser preenchido com os diversos testes feitos por Abel Ferreira.
Artur pela esquerda não tem jogo, Marcos Rocha e Mayke juntos na direita não estão trazendo resultados, o camisa 7 precisa ser substituído por um atacante de beirada e a quantidade exacerbada de cruzamentos só evidencia uma falta de criatividade que pode se tornar um problema ainda maior.
VEJA NO NOSSO PALESTRA
Abel Ferreira fala sobre volume e falta de efetividade do Palmeiras
Nos últimos três jogos, o Palmeiras cruzou 120 vezes e acertou apenas 28, tendo um aproveitamento de 23%. Além disso, não marcou em dois deles. O tempo para treinar e descansar parece ter prejudicado o ritmo e desempenho da equipe – que já precisava de alternativas antes.
Talvez seja hora de voltar ao simples. Testes que não deram certo não podem ser repetidos. O setor ofensivo vem sendo muito previsível, muito óbvio, muito comum. Não condiz com o que é. Não marcar nenhum gol em defesas tão vazadas é algo para se ligar um alerta. Sem terra arrasada, mas algo necessita mudar.
Kevin e Luis Guilherme saem do banco querendo mais, buscando entregar a individualidade que hoje falta, Endrick entra bem para fazer a função de centroavante ou revezar em alguma das pontas, jogadores com talento precisam ter mais chances para ficarem 100% preparados.
Insistências em esquemas que nitidamente não deram certo podem custar a temporada do clube. Abel Ferreira certamente sabe o que fazer em momentos adversos e, agora, precisa mostrar ainda mais isso. O topo da América parece distante, mas pode ser alcançado se as coisas mudarem interna e externamente.