Análise: Palmeiras faz parecer ser fácil fazer o que faz
A mentalidade competitiva, para além da excelência tática, é um dos pilares a guiar os comandados de Abel
Classificado para a 12° final desde o início de 2020 – 11° com Abel -, o Palmeiras faz parecer ser fácil chegar a uma decisão no futebol brasileiro. No estadual, por exemplo, o Verdão pode conquistar o terceiro título em quatro anos de forma quase que “natural”.
Isso porque, cada vez mais, é difícil imaginar essa equipe sendo eliminada por qualquer adversário do mesmo estado. Não é soberba, é matemática. O Palmeiras de Abel Ferreira tem apenas uma derrota nos últimos 30 jogos disputados no Paulistão, sendo ela em um mata-mata que o time reverteu o resultado.
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Se no estadual os números impressionam, no retrospecto geral também não deixam dúvida do domínio do time em território nacional. São somente sete derrotas nos últimos 89 jogos – desde o começo de 2022.
Embora futebol não seja nenhuma ciência exata, é raro encontrar uma equação em que não termine com a vitória alviverde. E o lema revelado pelo treinador durante a última temporada explica parte disso. Nem sempre será possível ganhar, o objetivo, então, é fazer de tudo para não perder.
A mentalidade competitiva, para além da excelência tática, é um dos pilares a guiar os comandados de Abel. Mesmo com oito títulos nos últimos anos, o elenco mantém a mesma vontade de vencer da primeira conquista.
Essa continuidade é rara no Brasil. A combinação de um projeto longêvo do melhor treinador do país, com um plantel acostumado a vencer, mais a estrutura de um clube de ponta, é o que explica esse Palmeiras. Não tem fórmula mágica, tem trabalho diário, tem processos, tem disciplina e tem aplicação.
E o Alviverde parece naturalizar tudo isso. Como se a qualquer momento, um clube pudesse escolher tomar esse rumo. O segredo é que essa reestruturação não começou agora. Levou tempo e sacrifício. Obviamente, teve e tem seus erros pelo caminho. Tem potencial, inclusive, para mais.
Dito isto, é admirável o que o melhor time do Brasil tem feito. E por estarmos cada vez mais acostumados com isso, às vezes, esquecemos de exaltar esse clube. É possível que, somente no futuro, tenhamos dimensão do tamanho do legado deixado pelo Palmeiras de Abel Ferreira.
Bahia com gols de Estêvão e Rony"
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