Ao Palmeiras, sobra padrão, mas faltam pontaria e boas decisões diante do Santos
O Palmeiras tem evoluído nas mãos do técnico Cuca. Independente do quão tardia essa evolução esteja ocorrendo, é preciso entender que ela aparece em campo quando identificamos um padrão trabalhado em diversos jogos, como os cinco atacantes invadindo a área e a coordenação de movimentos rápida em busca da posse de bola. Esse padrão apareceu nas últimas duas vitórias e se repetiu na derrota contra o Santos, como podemos ver no vídeo abaixo.
Durante os 90 minutos, mas principalmente na segunda etapa, o Palmeiras pressionou o Santos no campo de defesa. Entretanto o time encontrou dificuldades para concluir as jogadas em gol. Além de finalizar mal – de acordo com o Footstats foram 14 finalizações na direção errada e apenas uma na direção do gol – o time tomou decisões precipitadas em algumas ocasiões. Para acompanhar três exemplos, vale assistir o vídeo abaixo.
Os mais de 70% de posse de bola que empurraram o Santos para o campo de defesa no segundo tempo não surtiram efeito. O Palmeiras não só sofreu o gol em uma falha defensiva, como também desperdiçou diversas oportunidades. Muitas foram as tentativas de empatar a partida utilizando o recurso da bola aérea – de acordo com Footstats foram 42 cruzamentos – mas os lances de perigo bem construídos foram os que mais aproximaram o Palmeiras do empate. Separei, portanto, dois lances em que o meia Guerra participou para percebermos a importância da qualidade e inteligência do venezuelano na criação das jogadas.
A conclusão depois de analisar o desempenho ofensivo do Palmeiras no clássico diante do Santos me parece menos catastrófica do que analistas de resultados diagnosticaram. O Palmeiras está em evolução e mostra que tem recursos para buscar resultados. Contra o Santos, a falta de pontaria e algumas tomadas de decisão equivocadas fizeram com que o time não balançasse as redes, mas o padrão que a equipe vem apresentando torna esse objetivo cada jogo mais simples diante do entrosamento e do crescimento do desempenho. O resultado da partida pode ter sido ruim, mas o desempenho foi inversamente proporcional.
Até o confronto contra o Bahia serão mais doze dias de trabalho para Cuca e seu elenco corrigirem os problemas em busca da manutenção dessa arrancada proposta pelo treinador. Mais cedo ou mais tarde um tropeço aconteceria. Cabe ao grupo entender que o trabalho parece estar no caminho certo.