Mauro Beting: Arrancada Heroica x Revolução Farroupilha?

O clássico celebrava 78 anos do Palestra que morria líder e do Palmeiras que nascia campeão paulista, na Arrancada Heroica de 1942. E mais um aniversário da Revolução Farroupilha de 1835.

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Mas Grêmio e Palmeiras não honraram nem a tradição guerreira de ambos, muito menos a importância historica da data.

Os dois colossos dirigidos por históricos como Renato e Luxemburgo não mereciam melhor sorte na Arena. Só o torcedor tricolor e o alviverde (e de outras cores também) podem exigir mais bola no Brasil.

No primeiro tempo, permita-me ser mais chato do que os jogos pós-parada-pandêmica em 2020, duas boas chegadas do Grêmio, e nenhuma do Palmeiras.

Na segunda etapa, na segunda oportunidade de gol paulista, um belíssimo chute de Raphael Veiga, aos 25 minutos.

Isto é: tem como jogar mais bola. Esse bolão. Esse jogo.

Aos 46, na segunda boa chance gaúcha, Ferreira se antecipou de cabeça ao time que tinha até mais um ótimo cabeceador como Vítor Hugo e empatou o clássico que não merecia os gols que teve. Como o torcedor brasileiro merece muito mais futebol do que tem visto e não quer mais ver.

Não é possível que joguem tão pouco, criem tão pouco, se aproximem tão pouco com exasperante distanciamento social e tático times que estão na Libertadores.

Ainda que desfalcados em Porto Alegre, ainda que o Grêmio precise se recuperar de mais um tropeço que o complicou no Chile (e justo no Beira-Rio…), ainda que também por isso sem o melhor time possível, é muito pouco futebol que jogou.

O Grêmio que tem nos últimos anos exagerado nas poupanças de atletas no Brasileirão, agora até o crédito perdeu no banco. Está em estado de xeque-mate especial.

Ainda que o Palmeiras tambem sem todos os melhores desde o ínicio, ainda que também com maratona sul-americana, e na casa do rival (embora de ótimos resultados palmeirenses), também não pode só criar três chances em 90 minutos. Errar tanto como não se encontra Ramires, como se afoba Roni, como se tem isolado quem comanda esse ataque.

Se Luxemburgo tem joias frescas como Danilo e os já conhecidos Menino e de Paula, diamantes têm sido mais brutos e carbonizados do que brilhantes. Como Renato só tem vivido e sobrevivido pela história espetacular construída em campo e no banco.

Mas não por aquilo que ele e o time fazem no BR-20 e também na Libertadores, em grupo cascudo. Se o Palmeiras segue com 16 jogos invicto, só duas derrotas na temporada, e 100% na Liberta como não começava assim havia 52 anos, ainda está há anos-escuridão de um nível aceitável pelo potencial que tem.

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