Prass e as escolhas pouco palmeirenses do Palmeiras

Oberdan Cattani foi informado para que passasse na sala da diretoria e pegasse o seu passe livre depois de dois anos como Palestra e mais 12 como Palmeiras.

Fernando Prass não foi assim. Mas também não precisava ser assim. Fará falta defendendo em campo. Fará falta orientando no banco. Fará falta como jamais se ausentou em nome do Palmeiras que, como todo clube ou empresa, nem sempre sabe como dizer até breve. Quase sempre fala adeus. Ou nem fala nada.

Pessoas mais do que goleiros como Fernando Prass merecem mais do que consideração e carinho. Os milhões que por ele torceram e ainda torcerão independente da camisa que honrar também merecem mais do que satisfação.

Quem sabe (ou não) o que faz é quem contrata e quem treina. Dever respeitar. Desde que haja o mesmo respeito por quem só soube respeitar.

A decisão tomada pelo Palmeiras não é fácil. Nunca será. Mas depois de fechar rua, aumentar ingresso, afastar sua gente, demitir quem é da gente, trazer quem a gente não quer, manter quem a gente não queria, não renovar em nome da renovação um clássico tão comprometido e compromissado, de boa, para não dizer de péssima, já não assusta.

Boa sorte, Prass. Nós vamos continuar te abraçando. Ótima sorte, Palmeiras. Estamos
precisando.

"Acabou, Petros"! Mas vai durar pra sempre, Prass.

Elias?! Prass! Lucca na bola, Prass nela. Fluminense? Palmeiras! Santos? Prass por todos os palmeirenses.

Foram 15 pênaltis defendidos. Um marcado. O segundo pênalti marcado que nos deu diretamente um título. O primeiro depois de Evair em 1993.

Substituir Marcão não é fácil. Pegar o Palmeiras pelas mãos como você o carregou, menos ainda. Dores de cotovelos são sinônimos de inveja. Para nós as suas foram dores de amor pelo ofício e pelo nosso credo.

Obrigado mais do que parabéns.