Astori, Vítor Hugo e o capitão da Fiorentina
Palmeiras e Fiorentina há quatro anos disputaram no Pacaembu o Troféu Julinho Botelho, válido pela Copa Euro-América. Vitória do Verdão por 2 a 1. O ponta que deu nome à taça foi o melhor camisa 7 tanto da Fiorentina quanto do Palmeiras, que defendeu de 1958 a 1967, quando pendurou uma das chuteiras e a outra jogou para a torcida no velho Palestra.
“Il Signore Tristezza” pela saudade que sentia da sua Penha e do nosso Brasil quando estava na Itália, durante quatro anos.
Saudade comparável a que a Fiorentina dele e a Florença do Renascimento italiano sentem por Astori, camisa 13, 31 anos. Morto enquanto dormia há uma semana, antes do jogo contra a Udinese.
Neste domingo, a Fiorentina voltou a campo contra o Benevento. Uma das mais pungentes homenagens – como o vídeo anexado mostra melhor do que palavras.
O substituto do capitano viola foi um de seus últimos companheiros de zaga, quando a Fiorentina venceu o Chievo por 1 a 0, em 25 de fevereiro, com três na defesa: Pezzella, Astori e o brasileiro Vítor Hugo.
Contra a Udinese, no domingo passado, seria a zaga dos últimos jogos da Fiorentina, com Pezzella e Astori. VH no banco.
Contra o Benevento, para substituir a camisa 13 que não terá mais substituto em Florença, o número 31 Vítor Hugo. Um dos mais emocionados na tocante e silenciosa celebração antes do jogo. Um dos que mais ficaram movidos no minuto 13, com nova homenagem que parou o jogo que precisa continuar.
Vítor Hugo que mais próximo chegou de Astori no gol da vitória, aos 25. O bendito que mais uma vez subiu aos céus mais que todos e faz o contra o Benevento.
Substituto que foi ao banco e bateu continência ao eterno capitão. Astori que segue vivo como o respeito e a amizade.
Grazie tanto, calcio. Mais uma vez obrigado por tudo, Vítor Hugo. Você sempre soube subir aos céus nas bolas levantadas.