Bastidores da demissão de Felipão: Reunião em casa na folga, veto a “fuga” da torcida em Goiânia e “muita pressão”
Foto: Cesar Grecco (AG. Palmeiras/ Divulgação)
A demissão do técnico Luiz Felipe Scolari foi tratada na tarde/noite de ontem, enquanto o treinador finalizava, junto com Paulo Turra e Carlão, uma reunião em sua casa projetando quais mudanças deveriam ser feitas para surtir efeito imediato no futebol e nos resultados do Palmeiras. Felipão foi, sim, pego de surpresa: não esperava que Mattos o demitisse, já que o próprio diretor havia feito uma proposta de planejamento semanal bem diferente após a derrota para o Flamengo.
O diretor de futebol do clube sabia bem a pressão quase insuportável que o elenco viveria nessa semana em São Paulo por mudanças e, por isso, ainda no Rio de Janeiro, sugeriu a Felipão que toda a delegação fosse realizar seus treinamentos em Goiânia, já que o próximo confronto aconteceria apenas no sábado, no Estado, contra o Goiás, com o objetivo de trazer mais segurança e tranquilidade a todos. “Não somos bandidos, não temos do que fugir. Vamos treinar em São Paulo”, teria dito Felipão.
Temerosa em relação ao que poderia acontecer na Academia de Futebol, a diretoria anunciou que não divulgaria a programação da semana por medidas de segurança e, a partir daí, iniciou o debate sobre o futuro de Departamento de Futebol, chegando a conclusão de que algo deveria ser feito para minimizar a pressão no clube. Por volta das 18 horas da segunda-feira, Mattos chegou na casa do técnico Luiz Felipe Scolari e admitiu que o ciclo havia se encerrado com a justificativa de que havia muita pressão no clube e algo precisava ser feito.
O técnico Luiz Felipe Scolari acreditava na volta por cima do elenco e na disputa do título brasileiro com algumas mudanças táticas e de peças no time titular, que já haviam sido discutidas horas antes. Até ontem, seu plano futuro envolvia a agenda do Palmeiras. Nada está decidido em relação ao próximo passo de sua carreira nesse momento.