Borja e o nosso time
Não vai ter texto para a despedida do Borja? Vai. Com atraso. Sem brilho. Como não brilhou o mais caro jogador do Palmeiras em 105 anos. Caríssimo. Custo-malefício quase da ordem de um Wesley ou da desordem de um Carlos Eduardo.
Não foi levá-lo ao aeroporto como você foi buscá-lo com seu caçula? Não. Porque naquela madrugada de 2017 eu fui com meu filho celebrar o Palmeiras que por prazer de ofício dificilmente conseguimos comemorar juntos. Eu não estava recepcionando o craque da América de 2016 em Cumbica. Eu estava comemorando o fato de meu filho estar comigo celebrando o Palmeiras.
Ou três anos depois disso, apenas o fato de sermos palmeirenses. Mesmo que Borja tenha sido artilheiro de 2018 na temporada campeã brasileira, foi muito pouco para tanto investimento. Muito gasto para tanto desgaste.
Agradeço a Borja por aquela madrugada de 2017. Pela esperança que não se concretizou. Não rolou. Deu de canela. Foi pra fora. Não foi.
Mas assim ele foi no Palmeiras. Assim fomos nós pelo Palmeiras.
Não se pagou. Mas não tem preço que pague.
Não é toda manhã que chega um César Maluco como em 1967. Que seja a última madrugada tão cara como em 2017.