Borja é o Palmeiras em 2017
Chegou no começo do ano nos braços do povo (incluindo os meus e os do meu caçula). Centroavante que, pela impossibilidade de Pratto, era a chuteira dos olhos de qualquer torcedor brasileiro.
Como o badalado Palmeiras campeão de 2016, Borja começou bem, marcando gols contra rivais mais frágeis no SP-17 e na Libertadores. Mas a bola passou a queimar. Os gols de todos rarearam. Os esforços de Eduardo não foram suficientes.
Troca de comando. Será que ele e o elenco não eram tudo isso? Com Cuca, vencedor em 2016, vai dar. Não deu. Não rolou. Também porque o treinador não ia com a bola de Borja. E nem ela com ele. Saindo da área, um desastre. Dentro dela, quatro meses sem gols. Sem muitas chances. Mas, quando apareciam, um festival de bisonhices até nas finalizações.
Parecia o fim. Até novo recomeço com Valentim. Era para seguir merecidamente na reserva de Willian. Outro que, como Keno, chegou para compor elenco. Outro custo-benefício mais do que válido.
Lesão do bigode. Borja em campo. Canelices até o belo contra a Ponte Preta quando entrou com 32 do primeiro tempo. Bom primeiro tempo contra o Grêmio. Gols perdidos e paredes perdidas até 34 minutos contra o Cruzeiro. Gol de 9. Outro belo gol de cabeça de 9 mal anulado, aos 39.
No segundo tempo, mais luta, mais diagonais, mais um gol aos 40 finais de quem sabe fazer gols como o melhor ataque do BR-17. Não necessariamente o melhor jogador e o melhor time.
O Palmeiras de 2017 é o Borja. Todos esperavam tudo. Não rolou nada. Já se imaginava 2018 quando ele e o time entraram para ainda respirar. Até sonhar.
Os gols dele estão aparecendo. O bom futebol (do time), também.
Agora, tudo vai entrando nos eixos. Se deixarem, também entra pra história.