Cadê o espírito de porco?

Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação

A eliminação para o Inter na Copa do Brasil abriu no mínimo duas datas no calendário para Felipão. Por isso ele mandou a campo na Arena Castelão o melhor Palmeiras possível. Para reanimar a equipe. Dar liga. Inclusive com Scarpa no lugar de Lucas Lima, abrindo o jogo pelos lados, invertendo com Zé Rafael, trocando de posição com Dudu.

Mas pouco de prático se viu. Apesar do bom começou impedindo a saída de jogo do assustado Ceará, com Ricardinho irreconhecível e trocando de função com Samuel Xavier para armar por dentro, o Palmeiras de novo pouco criou e finalizou. Num contragolpe bem armado por Mateus Gonçalves, o rápido ponta apareceu para abrir o placar, aos 31, fazendo justiça à eficiência do dono da Arena Vozão.

O Palmeiras voltou com Willian no lugar de Scarpa. Depois Veiga por Zé Rafael. Até Ramires estreou. Mas o time não voltou da parada da Copa América. A zaga ficou parada depois da espanada de Felipe Melo e Leandro Carvalho, que acabara de entrar no lugar de Mateus, foi mais esperto e encobriu Weverton com categoria. Belo gol do Ceará que depois administrou bem e até olé deu, gritando “eliminado” para o Palmeiras que no fundo celebra ter datas a menos para jogar. Mas que precisa para ontem juntar os cacos para terça em Mendonza.

Talvez sem Deyverson. Certamente sem Lucas Lima. E precisando jogar aquela bola de junho. Ou fazendo os gols que marcava e não sofria.

Mais do que ameaçar em rede social ou jogar pipoca para aparecer no Instagram, o palmeirense pode cobrar. Ficar bravo. Mas abraçar o time como, no último jogo contra o Ceará no Pacaembu, no BR-18, naquela vitória com um Devyerson a menos na segunda etapa, o torcedor pegou o time no colo nos últimos 15 minutos e garantiu o empate.

É assim que se faz quando um momento mágico se desfez. Mas ainda tem jeito. É muito jogo.