Caminho de chão e lembranças mais do que atuais

Era começo de 2017, projeto novo do, à época, atual eneacampeão nacional. Moisés era um ases daquele time que tirou o clube da fila de duas décadas. O jogo valia quase nada, como é a real validade do campeonato estadual. De todos os estados. Foram quatro gols alviverdes que tranquilamente trouxeram a vitória pra Pompéia. Seria uma ótima tarde de domingo não fosse a brutalidade de uma entrada que fez do recém empossado camisa 10 palmeirense vítima de uma contusão que o deixaria 6 meses longe da ótima fase que vivia.

Tem dificuldades enormes em reecontrar o momento que se perdeu naquele ato inconsequente.

Já é 2019 e as cenas se acumulam. Gustavo Scarpa parecia, enfim, engatar uma boa sequência de jogos até que em entrada criminosa de um atleta do Bragantino, na última segunda-feira, o meia se viu mais um vez lesionado e intorremperá por três semanas o bom momento que vivia. O capítulo atual daquela incongruência entre validade do jogo e a necessidade de tamanha virilidade aliada à frouxidão de quem comanda o espetáculo.

Voltando para Araraquara, dois anos depois, mais uma vez com o título nacional debaixo dos braços, com elenco poderoso e com cautela para não perder a saúde dos seus, o Palmeiras agora enfrenta a Ferroviária, amanhã, cinco da tarde.

Mais do que a vitória, é importante seguir no caminho de terras esburacas e sinuosas que conduzem lenta e preguiçosamente às finais do estadual mais "charmoso", e bem perigoso, dessa terrinha que insiste em errar.