‘Carregador de piano’, Tchê Tchê pode atingir marca de 100 jogos pelo Palmeiras no sábado (10)
O meia Tchê Tchê concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (8), na Academia de Futebol, após o treino do Palmeiras. Campeão Brasileiro pelo Verdão em 2016, o jogador, que tem 99 jogos pelo clube, falou sobre sua evolução e metas no alviverde.
“Estou muito feliz aqui. Essa marca é algo que fico bastante feliz. Sofri um pouco antes para depois viver o que estou vivendo hoje no Palmeiras. É fruto do meu trabalho, mas tem pessoas que me ajudaram nos momentos difíceis. O que eu preciso melhorar? Tudo. A gente tem de se reinventar a cada dia. Um clube da grandeza do Palmeiras, se a gente ficar no ligar estagnado vão vir outros jogadores tomar nosso lugar”, disse o meia.
A partida contra o Mirassol, no sábado (10), às 19h (de Brasília), poderá dar a marca de 100 jogos também para o volante Thiago Santos, amigo de Tchê Tchê. “No último jogo estávamos com uma folhinha e ele ‘se eu entrar hoje vou fazer 100 jogos’ (imitando a voz do companheiro). Aí eu brinquei: ‘Thiago, hoje eu completo 99, você vai entrar no próximo que completamos juntos’. Ele falou que não, que tinha de entrar, tinha bicho. Eu falei que não ia dar (risos). Tomara que ele entre no jogo, se a gente completar 100 jogos vai ser uma marca bastante legal, até pela amizade que a gente tem”, conta o camisa 8.
Sobre sua evolução na equipe, Tchê comenta: “A gente tenta analisar o que pode melhorar. São conceitos diferentes, de treinadores diferentes. A gente tenta se adequar ao máximo para colocar nossas qualidades em prol do grupo. É isso que venho fazendo, de certa forma venho fazendo bem senão não estaria em campo. Praticamente todos os jogos que eu tenho foram como titular. Tento trabalhar. O quanto menos puder falar eu vou falar pouco, não sou cara de aparecer. Não vou falar certas coisas para agradar ninguém. Prefiro que as pessoas gostem de mim, do Danilo, sendo eu mesmo”.
“Ele (Roger Machado) vem cobrando a gente bastante, por vídeos e números, o que fizemos dentro de campo. Não tem como fugir. Não dá para falar que não fez tal coisa se está nos números. Ele vem mostrando bastante para nós isso. Começando do Borja até chegar no Felipe, nos zagueiros, no Jailson, tentamos deixar o mais fácil possível para eles só devolverem a bola para frente”, dissertou.
Mesmo com a boa fase, Tchê Tchê tem sido comparado por alguns torcedores e parte da imprensa ao atleta de 2016. O jogador minimiza as críticas.
“Tchê Tchê de 2016 foi só em 2016. Agora é de 2018. Muito difícil que vá repetir aquilo, já falei bastante sobre isso. Nunca fui unanimidade e nem pretendo ser. Não me importo ser preferido de um o outro. Sempre vai ter oposição, isso não me preocupa. Se eu estou dentro de campo, tem de ter respeito também. Fico feliz (estatísticas positivas). São números para todos. Infelizmente tem gente leiga que tenta formar opinião em rede social e criam rótulo em cima de certas pessoas. Não me importo de ser carregador de piano. O que eu me importo é trabalhar, ser feliz, perto de uma marca para mim muito importante, essa de 100 jogos. Não é para qualquer um em time grande. Minha meta é ajudar o Palmeiras. Que exaltem outros, mas que eu esteja dentro de campo”, finalizou.