Notícias Palmeiras

Como 'Bar da Lora', Tropeiro e treinador do Palmeiras dos anos 1980 se cruzaram na história

O dia no qual o Verdão passou por Belo Horizonte e resolveu ter uma refeição mais gostosa

Como 'Bar da Lora', Tropeiro e treinador do Palmeiras dos anos 1980 se cruzaram na história

A reportagem do NOSSO PALESTRA foi circular pelo centro de Belo Horizonte na última segunda-feira (31), já que o Palmeiras só chega ao longo desta terça (1). Depois de uma boa volta pelo Mercado Central, uma indicação de local: ‘quer almoçar? pode ir pro Bar da Lora’. Eram pouco mais de cinquenta metros até o local.

Fachada clássica, pisos em branco e preto quadriculares, típicos da década de 1980. Na placa que nomeia o estabelecimento, um estrondoso: ‘Desde 1973’. Qualquer ser humano com o mais breve senso de curiosidade logo notaria que boas histórias saíram daquelas portas discretas e a baixíssima metragem quadrada. Sentei-me na última mesa, também pequena, e vi uma lousa com pratos do dia.

Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram / Ouça o NPCast!
Conheça e comente no Fórum do Nosso Palestra

VEJA NO NOSSO PALESTRA!
Confira as condições do gramado do Mineirão para o duelo entre Palmeiras e Atlético-MG

Foto: João Gabriel Falcade

Ao Gilson, o simpático garçom, pedi o número 3, uma combinação saborosíssima de elementos da culinária local com um preço constrangedoramente baixo. Ao meu lado, apenas um casal, inclusive, um fantástico casal de meia idade que estava revivendo a juventude com carícias envergonhadas e frases de efeito buscando a conquista. Me fascinei com o ‘quiabo faz bem pra saúde, pra poder viver mais tempo com você’. Juro que aconteceu.

Com meu guaraná sem laranja, o defeito do bar, aguardei pelo meu prato. Na mesa mais próxima à minha, uma senhora loira, aparentando ter algumas décadas de estrada, empilhava cupons fiscais divididos entre pix, débito e crédito. Pouco tempo de espera até ser recepcionado por uma obra de arte contemporânea da cozinha mineira. Apreciem essa imagem:

Foto: João Gabriel Falcade

Viram esse tropeiro maravilhoso? Pois bem, ele é tão gostoso quanto parece. Gastei bons minutos destruído cada grão da iguaria, mas de olhos vivos para os arredores. A senhora loira, num restaurante que tem o nome ‘Lora’, talvez tivesse importância histórica. Finalizei minha refeição deixando apenas a couve no prato, porque o verde serve apenas para contemplação, tal como o Palmeiras.

Mas e o Palmeiras nessa história?
Te acalma que tô chegando lá. Fui pagar minha conta, ridículos 25 reais. Fiz questão de elogiar o sabor e o valor, e foi nessa que um papinho aconteceu. Perguntado sobre ser paulistano, disse que estava na cidade para e pelo Palmeiras. O jovem disse: ‘minha chefe tem história boa com esse time (como se fosse qualquer time, risos). Ela se levantou e veio sorrindo.

‘Se eu não tiver errada, em 1985 um técnico do Palmeiras – ela se referia a Fedato, que esteve no comando do clube naquele ano – encomendou tropeiro para o time, era pra entregar lá no hotel onde eles ficaram. Fomos nós que fizemos aquela comida. Gosto do Palmeiras por causa disso.’

Eu quis muito seguir naquela conversa, até pra saber mais, mas um caminhão da Ambev estacionou ao lado, com o maior carregamento de cerveja possível e ela evidentemente me deixou falando com a máquina de cartão. Fedato não está mais neste plano, mas um amigo historiador que prefere ficar sem nome nesta nota, conta que já havia escutado sobre esse dia. O Palmeiras não venceu, e alguns culpam o tropeiro.

Fato é que feijão tropeiro e Palmeiras já estiveram num mesmo hotel, e agora vocês sabem disso. É um bom causo a se conhecer sobre essas idas e vindas pelo Brasil que nosso time e nossos jogadores/treinadores vivenciam. O futebol é feito de pequenas desventuras.

Sobre o Bar da Lora

Eliza Fonseca assumiu o comando do ‘Lumapa’ quando o pai, o seu Paulinho, precisou se afastar do trabalho. Formada em Administração, ela conta que era funcionária de uma financeira e nunca havia pensado em trabalhar atrás do balcão. Foi a primeira mulher a comandar um bar no Mercado Central e muitos achavam que não daria certo.

Com o tempo, o nome foi substituído pelos próprios clientes que o identificavam como Bar da Lora.  À frente do balcão, Eliza começou a desenvolver os pratos do cardápio e a participar dos concursos de botecos. Foi em 2010 que o Bar da Lora conquistou o 1º lugar do Festival Comida di Buteco com o tira-gosto ‘Pura Garra da Lora’. Junto com o prêmio veio o reconhecimento e o sucesso.

Acesse o perfil desse lugar tão legal aqui e visite!

Palmeiras hoje: Interesse em Jair, zagueiro do Santos Veja como jogadores do Palmeiras comemoraram Natal Palmeiras hoje: Espera por Andreas e ansiedade de Paulinho por anúncio Palmeiras hoje: Fulham sinaliza positivamente para inclusão de Richard Rios em negociação de Andreas Pereira Flaco, Rony, Veiga… Confira os artilheiros do Palmeiras desde 2009