Cuca, reserva, ambiente e mais polêmica: como foi a coletiva de Felipe Melo

O volante Felipe Melo concedeu na tarde desta segunda-feira (4) sua primeira entrevista coletiva na academia de futebol depois de todo o imbróglio de seu caso. Afastado desde o final de julho, o camisa 30 falou como se deu a reintegração ao elenco e comentou as polêmicas com o técnico Cuca. O Nosso Palestra traz um apanhado dos melhores — ou não — momentos da entrevista.

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Paz entre ele e Cuca?

“O que tinha para ser conversado já foi, conversei com o próprio treinador, expus tudo que eu pensava dele, sobretudo do áudio, haja vista que o áudio foi uma situação pós afastamento. O importante é que eu falei com ele, a gente se acertou. É importante frisar que o que foi falado no áudio não é o que eu penso dele, não foi algo de coração, creio que ele não é nada daquilo que eu disse, e o que importa é que tudo foi solucionado.”

Planos para a carreira…

“Muito foi falado de situações, ‘ah, que o Felipe Melo vai embora, tá se oferecendo a clubes’. Em nenhum momento me ofereci a clube nenhum, fiquei feliz em saber que deixei uma boa imagem fora do Brasil, várias ofertas e interesses de clubes europeus. Mas quando eu cheguei aqui, eu lembro da minha primeira entrevista. Disse que o Palmeiras estava colocando comida dentro da minha casa; hoje eu sou Palmeiras e continuo sendo. Creio que o presidente e o Alexandre Mattos conduziram tudo de uma forma bacana. A minha ideia é sempre honrar a camisa do Palmeiras, não lembro de nenhum jogo que entrei de corpo mole. Sempre dei o meu máximo, acho que é por isso que existe esse carinho recíproco entre torcida e Felipe Melo. Agora é treinar bastante para estar a disposição.”

Arrependimento?

“Não costumo falar de arrependimento, tudo na vida é aprendizado. O importante é quando errar, admitir o erro. Quando eu erro, eu admito, me arrependo e não tenho problema nenhum em chegar na pessoa e me desculpar, pedir perdão. Se tivesse que fazer amanhã, eu não faria, mas serviu como aprendizado.”

Perdão para o técnico Cuca? 

“Não falei isso. Não falei que pedi perdão pro Cuca. Na realidade não é o Cuca e o Felipe Melo: o Palmeiras que é o maior envolvido nisso, e o Palmeiras é maior que tudo. Depois do Palmeiras, você tem presidente, diretor, treinador, funcionários do clube, os próprios jogadores. Tudo foi conversado, falei com o Cuca, me acertei com quem tinha que me acertar. É bom explicar mais uma vez que aquilo que saiu no áudio não é o que eu acho sobre ele, e ponto. Agora é pensar daqui pra frente.”

Conversa com Cuca…

“Não tive nenhum tipo de conversa sobre o campo, tática. Foi uma conversa para colocar os pingos nos is e acabou. Eu sou um ativo do clube, como o próprio Cuca e o presidente falaram. Estou aqui trabalhando, nunca parei de trabalhar e vou seguir buscando o meu espaço.”

Felipe Melo tumultuava o ambiente? 

“Então, essa pergunta é curiosa… um cara que tumultuava o elenco, você tira essa laranja podre e a tendência é o time voar, ganhar os jogos, avançar nas competições. E infelizmente não foi isso que aconteceu, então o problema não era o Felipe. Eu vi vários jogadores nos últimos tempos dando entrevista falando de como é bom conviver comigo, então se você pegar o meu histórico você não vai ver nenhum tipo de problema nem com treinador, diretoria, nem com meus com os meus companheiros. Foi importante pra mim nesse tempo receber mensagens de muitos deles e abraços hoje. Mostrou que isso não é verdade.”

Felipe Melo vai mudar o jeito de ser? 

“Eu tenho 34 anos, como eu vou mudar meu jeito? De repente, [mudar o jeito] de jogar pode até ser, mas você deve mudar o seu jeito quando as coisas estão erradas. Eu não tive problema com ninguém aqui, trato todo mundo da melhor maneira possível, do presidente até o funcionário que corta a grama, trato todo mundo bem com muita humildade, por isso eu sou querido aqui dentro.”

Vai aceitar uma possível reserva?

“Isso é o futuro, não sei o que vai acontecer amanhã. Na minha última passagem pela Europa, na Inter, eu comecei muito bem, no outro ano mudou o treinador e nem pro banco de reservas eu ia. Eu trabalhei muito na Inter mesmo na reserva, fiz somente 6 jogos como titular, ou seja, é o Palmeiras que coloca comida na minha casa, eu sou um ativo do clube e estou aqui pra fazer o que os meus chefes mandarem.”

2018 no Palmeiras com Cuca ou sem?

“A minha ideia agora é ajudar o Palmeiras a permanecer no G4 e voltar pra Libertadores no ano que vem, tirar o máximo de pontos do Corinthians. A minha ideia é ajudar o Palmeiras o mais rápido possível.”

Tempo parado. O que passou pela cabeça…

“Foi muito difícil, eu tenho 34 anos e já passei por muitos clubes na minha carreira, e sempre que acontece uma situação dessa, você acaba ficando desgastado. Mas agradeço muito a Deus por ter uma esposa maravilhosa, filhos, pais, amigos, pastores que cuidaram de mim. Foi importante para eu crescer também como homem, como pai e como amigo.”