Depois da tempestade vem a esperança
O @viniprando estava no Café e tirou essa foto no domingo que ele me mandou agora, nesta quarta, e me pediu um texto. Estou atrasado saindo pro @allianzparque pro jogo que pode decidir o título que o Palmeiras poderia ter encaminhado então. E que só chega hoje se fizermos o dever de casa contra o América, e Flamengo e Inter tropeçarem.
Não será fácil hoje. Mas quem disse que e fácil desde 1960? Desde 1914?
Palmeiras é essa imagem maravilhosa. Tudo colorido demais na terra, e tudo instável, amedrontador e maluco em cima. Parece o Palestra. O velho estádio e o velho amor. Muda o CEP mas é tudo SEP.
O vento jogou contra no domingo. O time não jogou a favor. São Pedro queria estragar o dia de guarda de São Marcos guardião e do Divino espírito alviverde das Academias.
A festa não virou farsa e nem fracasso. Mas trouxe pra hoje um humor cinzento, uma esperança nublada, um peso de chumbo no ânimo. Uma esperança que é tão verde quanto a desconfiança.
Tão instável como o tempo que tem sido dinheiro no Palmeiras. Clima estranho que alaga a mente e inunda as “verdades” que são mais verdes que verossímeis.
Hoje vai ter um Allianz lindo como é há 4 anos. Palestra cheio como é há 98 anos. Palmeiras que não pode se achar como não se perde há 104 anos.
Hoje é noite para superar o tempo fechado, o clima pesado, a noite bruta, os dias burros, as manhãs de manha, as tardes que vão tarde, a madrugada que Ademir ajuda quem cedo madruga.
Hoje é pra encarar o que vier indo como quem quer ver o que somos.
Noite pra confiar desconfiando. Elogiar cornetando. Celebrar com moderação.
Pode não ser hoje. Mas hoje tem poder para enfrentar intempéries, imprevistos, imprensa, inimigos, imbecis, infiéis.
Hoje tem Palmeiras.
O que faz da tempestade a bonança. Da tormenta a Água Branca. Da tromba d’água uma ducha fria nos cotovelos dos outros. Da borrasca um gol de Borja.
Não olhe pra cima para ver se vai chover. Olhe pra frente para ver SE Palmeiras.
Basta.