Deu bolo, mas não tivemos a receita

“Nós não temos a receita” para sermos campeões. Por três vezes em 21 minutos de entrevista, o presidente Mauricio Galiotte ressaltou o óbvio. Ninguém tem. Nem o atual campeão brasileiro. Nem o maior deles.

Por muitas vezes ele reafirmou que Alberto Valentim é o treinador do Palmeiras. Mas só será o Fábio Carille de 2017 do rival se ganhar todas até o final do ano. E o próprio Fabio Carille perder o que já parece ganho no. BR-17.

Talvez nesta semana que começa o Palmeiras já acerte com o treinador que inicie 2018. Mano Menezes é a bola da vez. A mais preparada delas. Gosto muito de Roger Machado. Mas imagino o que ele sofreria em caso de tropeços semelhantes a 2017. Melhor alguém mais cascudo e também competente e copeiro como Mano.

Ele pode acertar para 2018 é só ser apresentado em 2018. Encerrando o ano pelo Cruzeiro e deixando o clube que trocou a presidência e o comando do futebol, o que facilita a saída dele.

No mais, Galiotte não fugiu do óbvio. Jogou a toalha duas vezes do BR-17 até dizer que matematicamente ainda há chance. Mas, “realista”, sabe que não dá mais. Acrescentou que motivos pessoais também levaram à saída de Cuca. Comum acordo pelo desacordo e desajuste geral.

O presidente assumiu os erros e as coisas que deram errado. Não fugiu do óbvio. Não acrescentou muita coisa. Mas ao menos falou. Falta fazer. Ou melhor: acontecer.

Como promete um 2018 ainda forte e competitivo. Possivelmente melhor.