Diretor do Palmeiras detalha negociação para prolongar empréstimo de Bia Zaneratto
(Foto: Fábio Menotti / Divulgação / SE Palmeiras)
Em live com o Nosso Palestra, o diretor de futebol feminino do Palmeiras, Alberto Simão, detalhou a negociação pela permanência momentânea de Bia Zaneratto. A atleta está emprestada pelo Wuhan Xinjiyuan-CHI, que solicita o seu retorno e sofre resistência do Verdão, que busca ampliar a estadia da craque no Brasil.
"No início da pandemia, fizemos uma prorrogação do contrato naquele primeiro momento, de 30 dias. Achávamos que o futebol ia voltar rápido, ledo engano. O contrato da Bia é até julho. O clube chinês já pediu 400 vezes o retorno dela, mas ela vai cumprir o contrato com o Palmeiras", afirmou o dirigente.
Alberto revelou que a vontade da "Imperatriz" é ficar no Palmeiras por mais tempo: "A Bia é uma atleta profissional, ela tem que olhar o lado dela também, mas se depender dela, ela vai ficar. A proposta entre Palmeiras e Bia tá tudo certo. Mas já comecei a perder o sono, está complicada a negociação, mas estamos fazendo tudo pra permanência dela. Esperamos dar esse presente pra torcida o mais rápido possível, mas independentemente se ela ficar ou não, vocês podem ter certeza que a gente volta muito forte."
Vinda difícil
O diretor da equipe feminina alviverde contou como foi a trama para trazer Bia no início do ano. Ela estava atuando na Coreia do Sul e foi contratada no início de 2020 pelo Wuhan Xinjiyuan, da China. Contudo, devido à paralisação das atividades no país provocada pelo surto de coronavírus, ela não chegou a jogar por lá e, assim, foi procurada pelo Palmeiras para um empréstimo.
"O destino é complicado, né? Eu tentei a Bia ano passado, aí quando ela teve lesão muito grave, convidei ela pra fazer recuperação no Palmeiras, ela tava na Coreia ainda. Sempre houve um namoro e quando teve essa pandemia eu vislumbrei a possibilidade. A Bia tinha várias propostas, inclusive financeiramente melhores que a do Palmeiras, mas ela escutou um projeto nosso."
Sobre a negociação, Simão confessa que passou por dias difíceis: "Negociar com chinês não é brincadeira. Foram quase 20 dias sem dormir, porque a negociação era 3h ou 4h da manhã. E quem negocia nesse horário não consegue dormir de novo, porque às 7h já tem que estar pronto pro treino, então foi muito cansativo."
Confira o bate-papo com Alberto Simão, o diretor de futebol feminino do Palmeiras