Dudu e o pêndulo para o bem e para o mal
Foto: César Greco/ Ag. Palmeiras/ Divulgação
Desde que Dudu chegou ao Palmeiras é recorrente as oscilações nas atuações do camisa 7. Podemos lembrar de diversos jogos em que Dudu sumiu, foi pouco ativo e contribuiu muito pouco para a criatividade da equipe do Palmeiras. Mas também podemos lembrar diversos jogos em que o maior artilheiro do Palmeiras nesta década foi decisivo, seja com gols, assistências e muita entrega.
O grande problema é que o time do Palmeiras parece sentir muito a dependência do seu ex-capitão. Sempre que Dudu vai mal, o Palmeiras também vai. Porém sempre que o camisa 7 está endiabrado, o time cresce com ele. É incrível como o time sente a necessidade do atacante estar bem.
E nem sempre Dudu está.
Muitas vezes sobrecarregado, ainda mais depois da saída de Keno, Dudu simplesmente não consegue ser o cara que a equipe precisa que ele seja.
Dudu está longe de ser um craque. Mas é disparado o melhor jogador do Palmeiras há anos. Com Felipão ele voltou a crescer e fazer grandes atuações. Mas a regularidade, o calendário e a fórmula da "bola no Dudu que ele resolve" parecem desgastar o jogador.
A eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil foi uma prova disso. Dudu pegou pouquíssimo na bola. E foi muito mal tanto em São Paulo quanto em Belo Horizonte. Não só ele. Contra o Cruzeiro está difícil de decifrar o que acontece com alguns jogadores alviverdes.
É preciso pensar em outras formas de se criar perigos para o adversário. Nem sempre Dudu vai estar naqueles dias. E o Palmeiras não pode depender somente dele.
Trabalho para Felipão e toda comissão técnica tentar desafogar esse sistema que cobra demais do camisa 7.
Ele não é uma máquina.
Não é o CR7. Que também em diversos jogos some. Não é aquele que o mundo cobra.
Mas também Dudu não virou o Maikon Leite por causa de uma atuação ruim. Não dá pra mandar ele pra China toda vez que vai mal. Até porque sem ele tudo pode ficar mais difícil ainda.
Calma.
É só usar a cabeça que ele pode sim ser aquele Dudu de 2015 e 2016 que a torcida aprendeu a amar.