É hoje: Corinthians x Palmeiras, decisão do SP-18

É hoje, não.

É desde maio de 1917. Para não dizer desde 25 de janeiro de 1554. Ou 22 de abril de 1500. Ou 39 minutos antes do nada (para respeitar os 40 minutos regulamentares do Fla-Flu do Nelson Rodrigues).

Hoje é em Itaquera que em um ano enfim virou a casa deles. O que não significa que não vire o que foi na semifinal do SP-15. No returno do BR-16. Quem sabe, e esse Palmeiras pode, a primeira perna da decisão do SP-18.

Mas que ninguém fique perna se der Palmeiras. Mesmo um empate não se pode espernear. Em casa a gente conversa. Mas para ter bom papo e não ficar cheio de papo e prosa, essencial um bom resultado com os pés no chão e no lugar. Cabeça em pé e não queixo erguido. Corações ao alto.

Uma eventual derrota não é o fim do mundo e nem do Paulista. Mas complica. Esse Corinthians sabe sofrer. Sabe ser reativo. Duro fazer gol neles. Mesmo com o melhor ataque e time e campanha do SP-18.

Quase tudo aquilo que o Palmeiras não foi na fase inicial na Arena Corinthians. Num jogo que era ruim até o golaço de Rodriguinho. Num Derby que ainda era possível até o pênalti e a expulsão de Jailson. E aí não deu mais.

Agora dá. São 180 minutos. A volta no Allianz Parque. Quem sabe pênaltis. E parece mesmo o palpite mais provável.

O Corinthians jogou mal os dois jogos contra o São Paulo. Mas o modo como se classificou o fortalece e compensa o desgaste de um dia a menos de preparação para este Derby. Na volta, porém, terão semana cheia. O Palmeiras terá Alianza no Allianz. Libertadores que importa mais.

Também por isso o ótimo resultado hoje é essencial. Só não sei se com o retorno do artilheiro do SP-18 Borja. Keno eu não tiro da ponta-esquerda. Dudu eu mantenho na direita. Não sei se retorno com Borja na frente. Ou se sou mais dinâmico com Willian pro contragolpe. Não sei.

Torço pela escolha que dê certo para Roger. Torço demais por uma partida que ainda não vi em 2018 de Thiago Martins. Pelo retorno de Marcos Rocha. Pela volta para casa de todos os torcedores de boa vontade.

E pelo nosso retorno ao Allianz como em 1936, 1974 e 1993.