É uma final moral

Pelo cheirinho, pelo enea, pelo deca, pela festa no aeroporto

Vale os mesmos três pontos do que os outros 37 jogos do campeonato, mas importa algo parecido com uma final. O clima é o pior, e o melhor, possível. O mais intenso. Talvez não seja uma questão de vida ou morte, mas poucas vezes o lado de lá era tão detestado pelos que torcem do lado de cá. 

Conheça o canal do Nosso Palestra no Youtube! Clique aqui.
Siga o Nosso Palestra no Twitter e no Instagram!

Não é pela rivalidade que se criou nas disputas. A conta nos é obviamente favorável. O cheiro da conquista é vivíssima na memória de cada torcedor. Como ainda é pro atual dono da taça nacional. Essa que parece motiva-los a mover mundos, fundos, humanidade e falta dela na busca de manter o troféu falando carioquês. 

Não precisava ter voltado antes de todo mundo. Não precisava comemorar título ao lado de hospital de campanha. Não precisa treinar escondido. Não precisava forçar os pequenos a jogarem. Não precisava forçar relação com governo. Não precisava dar nome à MP. Nem tudo é sobre e para uma cor só. 

A arquibancada vazia do Allianz Parque vai transpirar raiva. A acumulada, a atual. A que sabe que a briga pelo jogo nunca foi pela saúde, foi pela desvantagem. De quem sabe que o Goiás não reclamou e complicou os três pontos. De todo mundo que assinou e aceitou os protocolos. O palmeirense sabe que não é certo. E ele quer ganhar onde é certo. No campo. Na bola. De forma justa.

Vale demais. Vale pelo fotógrafo, vale pela honra de quem cuidou de seus funcionários quando ninguém quis. De quem não abre mão do que está acordado. Pode ser o Flamengo titular, reserva, sub-12 ou o do W.O. O torcedor não aceita nada que não seja uma vitória. Ele sabe o tamanho de uma conquista que não é só física. 

É o orgulho. É o passado e o começo do futuro.

LEIA MAIS
Libertadores no SBT perde, novamente, para Globo e Record
Palmeiras de Luxa joga pelo resultado e ele precisa parar de se iludir
Gabriel Menino revela pedido de Luxa na Liberta: ‘Não podíamos perder’